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Mundial de Natação começa no domingo e vai moldar time olímpico do Brasil

Depois de uma semana dedicada a outras modalidades, o Mundial de Esportes Aquáticos de Doha (Qatar) finalmente chega às provas de natação. As primeiras delas serão neste domingo de Carnaval, com programação seguindo até o final da próxima semana.

A competição, encaixada no meio de um calendário apertado da natação, está bastante esvaziada, uma vez que potências como EUA, Austrália e Grã-Bretanha estão muito mais preocupadas com as Olimpíadas. Para o Brasil, o Mundial é a chance de começar a moldar o time que irá a Paris.

Ao fim do Mundial, o Brasil saberá quantos e quais revezamentos irá levar às Olimpíadas. E, com índices altíssimos exigidos pela Federação Internacional de Natação (Fina) para as provas individuais, boa parte do time será composta por convocados para nadar revezamentos.

Como funciona a classificação dos revezamentos

São 16 vagas em cada prova olímpica de revezamento. Três delas foram ocupadas pelos medalhistas no Mundial de 2023, sendo que EUA e Austrália se classificaram em todos. China (em quatro provas), Itália, Grã-Bretanha e Canadá (uma cada) também já têm suas vagas.

As outras 13 vagas por provas vão sair do ranking de melhores desempenhos entre os Mundiais de 2023 e 2024. No revezamento 4x100m livre, o Brasil foi sexto no ano passado, com boa marca, e, confiando que não será ultrapassado por dez equipes em Doha, nem vai disputar o Mundial. O time estará em Paris sem sustos.

No 4x200m livre masculino e feminino, e no 4x100m livre feminino, a meta em Doha é melhorar os desempenhos de 2023 e carimbar o passaporte para as Olimpíadas. Os dois revezamentos 4x200m foram oitavos colocados no Mundial passado, enquanto o 4x100m feminino foi 11º colocado. A tendência é esses resultados classificarem o Brasil no final das contas, mas o seguro morreu de velho.

Os três revezamentos medley (masculino, feminino e misto) não foram convocados para o Mundial porque a soma dos tempos dos atletas na seletiva brasileira não atingiu o índice técnico exigido pela CBDA. O misto está com a 13ª e última vaga para Paris, mas a tendência é perdê-la. Os demais já deram adeus às Olimpíadas.

Montagem da equipe olímpica

A se confirmar as vagas nos quatro revezamentos "livre", o Brasil teria direito a levar a Paris até oito atletas sem índice A, convocados para completar o revezamento. Essas vagas serão definidas na seletiva olímpica, de 6 a 11 de maio, no Rio.

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Como em 2021 a seletiva única deu confusão, desta vez a CBDA flexibilizou os critérios e vai convocar quem fizer o índice em outras competições importantes, em provas em que nem todas as vagas forem ocupadas. Por enquanto estão com índice:

  • Maria Fernanda Costa e Gabrielle Roncatto nos 400m livre
  • Guilherme Costa nos 400m e 800m livre
  • Beatriz Dizotti nos 1.500m livre
  • Guilherme Caribé nos 100m livre
  • Kayky Mota nos 100m borboleta

Mas o Mundial de Doha também vale como salvaguarda, o que significa que quem nadar abaixo do índice olímpico no Qatar tem boas chances de ir a Paris mesmo se não repetir a dose na seletiva. Mas o hall de possibilidades é pequeno, já que apenas oito atletas foram convocados para provas individuais.

Os principais candidatos são Stephanie Balduccini, nos 100m livre, Fernando Scheffer e Guilherme Costa nos 200m livre, Matheus Gonche nos 100m borboleta e Maria Fernanda Costa nos 200m livre. Gabriele Assis precisa baixar dois segundos nos 200m peito, e, Gonche, um e meio nos 200m borboleta. Além deles, Breno Correia nada os 100m livre, e, Ana Carolina Vieira, os 100m peito.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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