Brasil bate novo recorde e é 4º no 4x200m feminino no Mundial
O excelente desempenho da natação feminina do Brasil foi coroado, nesta quinta-feira (15), com recorde sul-americano no revezamento mais forte do país, o 4x200m livre. Na final do Mundial de Doha (Qatar), a equipe por muito pouco não beliscou a medalha, terminando em quarto. De quebra, se garantiu nas Olimpíadas de Paris.
O Brasil fechou a prova com o tempo de 7min52s71, baixando em praticamente três segundos o antigo recorde sul-americano, do time que disputou as eliminatórias das Olimpíadas do Rio, em 2016. Com essa geração, a melhor marca havia sido no ano passado, quase quatro segundos acima.
Hoje, o novo recorde veio com ótimo desempenho da finalista mundial Maria Fernanda Costa, que fez a terceira melhor marca da história do país: 1min57s20. Stephanie Balduccini veio depois, com 1min57s64, e na sequência Aline Rodrigues, que completou a perna dela em 1min59s73. Gabrielle Roncatto fechou em 1min58s04.
A apresentação ainda deixou a impressão de que o Brasil tem margem para evoluir e baixar de 7min50s, mínimo necessário para sonhar com medalha olímpica. Em Doha, a China venceu com 7min47s28, a Grã-Bretanha foi prata (7min50s90) e a Austrália foi bronze (7min51s41). No ano passado, todas as equipes no pódio baixaram de 7min45s.
As meninas estão voando
Mais cedo, Stephanie, que vinha sendo o principal nome da natação feminina do Brasil até o ano passado, se classificou à sua primeira final individual em um Mundial de Natação. Ela fez o oitavo melhor tempo das semifinais dos 100m livre, 54s07, nova melhor marca da carreira, melhorando 0s03 a marca que a deixou em 10º no Mundial de 2022.
Ela buscava o índice olímpico e o recorde sul-americano, que é 54s03, de Larissa Oliveira, na seletiva olímpica de 2016. Os objetivos não vieram na semifinal, mas ela terá nova chance na final do Mundial, amanhã (16).
Já Gabrielle Assis se despediu do Mundial com o nono lugar nos 200m peito, melhor resultado da história do país nesta prova. A brasileira fez 2min25s62 na semifinal, tempo pior do que os do Mundial passado, quando também chegou à semi.
De qualquer forma, foi a quinta melhor atuação da história da natação do Brasil nos 200m peito. Todas as nove primeiras são de Gabrielle, e todas dos últimos 10 meses. O problema é que o índice olímpico é fortíssimo: 2min23s91. Hoje, só as três primeiras colocadas baixaram disso.
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