Brasil terá cinco revezamentos e até 10 nadadores extras em Paris-2024
O Brasil terá cinco revezamentos nas provas de natação dos Jogos Olímpicos de Paris. Com isso, terá também direito a inscrever até 10 atletas extras, além daqueles que obtiverem índice individual para competir nas Olimpíadas.
Essas credenciais são chamadas de "relay only", e permitem que o nadador vá a Paris apenas para participar dos revezamentos (relay). São duas por prova, até um total de 12. Como o Brasil se classificou em cinco, a cota chega a 10.
O quinto e último revezamento classificado foi o 4x200m livre masculino, que já foi campeão mundial de piscina curta e, hoje, não conseguiu passar à final do Mundial de Doha (Qatar), o que é um resultado decepcionante. Fernando Scheffer, bronze nas Olimpíadas de Tóquio nos 200m livre, abriu muito mal, para 1min49s05.
O Brasil terminou com o tempo de 7min11s79, em nono nas eliminatórias, e classificado sem riscos como um dos 13 melhores tempos dos Mundiais de 2023 ou 2024, graças à marca alcançada na final da edição do ano passado: 7min06s43. Na ocasião, ficou em oitavo.
Assim, vão a Paris os quatro revezamentos nado livre do Brasil (4x100m e 4x200m, masculino e feminino), todos com possibilidades de fazer final, e o 4x100m medley misto, que se classificou com o último tempo e tem baixas perspectivas.
Os quatro primeiros deverão ter prioridade para o uso das credenciais de relay only. Como os índices exigidos para as provas individuais são muito altos, a tendência é o Brasil classificar poucos atletas para nadá-las.
Nos 100m livre feminino, por exemplo, a marca é 53s61. Stephanie Balduccini se classificou à final do Mundial nadando em 57s07, melhor marca da carreira, e ainda assim quase meio segundo acima. Para se classificar a Paris, ela tem que baixar esse tempo na final do Mundial, hoje, ou no Troféu Brasil, no fim de abril.
Por enquanto, têm índice Maria Fernanda Costa (200m livre, mas ela também busca vaga no 4x100m), Gabi Roncatto (400m livre, mas ela também pode entrar no time do 4x200m), Guilherme Costa (200m livre), Guilherme Caribé (100m livre) e Kayky Mota (100m borboleta).
Esses atletas com índice ocupariam seis vagas em revezamentos, que precisam de até 19 pessoas diferentes. Seriam necessárias 13 credenciais extras, mas o Brasil só tem 10 delas. A conta não bate. Daí a importância de mais gente fazer índice nas provas de 50m, 100m e 200m livre na Seletiva Olímpica.
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