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Stephanie Balduccini é sexta no Mundial com novo recorde pessoal

Sexta melhor do Campeonato Mundial nos 100m livre, Stephanie Balduccini segue sem ter vaga nos Jogos Olímpicos de Paris. A brasileira alcançou hoje (16), em Doha (Qatar), a melhor posição da carreira em uma prova individual de Mundial, seu recorde pessoal na distância, mas não o índice para as Olimpíadas.

A situação é bastante incomum, e causada pelo que parece ter sido um erro de cálculo da World Aquatics. Para Tóquio-2020, o índice era 54s38, e no Mundial anterior, em 2019, todas as primeiras 16 colocadas das eliminatórias nadaram abaixo disso.

Agora o índice saltou para 53s61, o que só as sete primeiras do Mundial 2023 e as cinco primeiras do Mundial deste ano conseguiram alcançar. Stephanie melhorou duas vezes a melhor marca pessoal, e ainda assim segue longe dessa marca mínima.

Em Doha, ela, que tinha 54s10 como melhor da carreira, fez 54s07 na semifinal dos 100m livre e 54s05 na final, hoje. Terminou em sexto. A disputa pela medalha ficou ainda um tanto à frente. Ouro para Marrit Steenbergen (Holanda), com 52s26, prata para Siobhán Haughey (Hong Kong), com 52s56, e bronze para Shayna Jack (Austrália), com 52s83.

O índice é importante não só para Stephanie poder nadar os 100m livre em Paris, mas também para ela não precisar ocupar uma das 10 vagas de "relay only" que o Brasil terá direito na Olimpíada. São essas credenciais que permitirão ao país preencher os cinco revezamentos classificados, com atletas que não têm índice para provas individuais. Stephanie tem potencial para estar no 4x100m livre, 4x200m livre e 4x100m medley misto.

Agora, a última oportunidade para Stephanie, e para toda a natação brasileira, será a Seletiva Olímpico, no Rio, a partir do dia 30 de abril. Diferente das últimas convocações, desta vez a CBDA vai aceitar índices feitos em outras grandes competições, como Mundial e Pan, em provas onde a Seletiva não classificar dois brasileiros. O modelo é chamado de "salvaguarda".

Mais brasileiros

Também nesta sexta-feira (16), Gabrielle Assis, que era primeira reserva da final dos 200m borboleta, ganhou uma vaga para nadar a prova. E a atleta do Flamengo se saiu bem, terminando no sétimo lugar, com o tempo de 2min25s66. Agora, todas as 11 melhores marcas da prova no Brasil são delas, todas feitas nos últimos 11 meses.

Gabi, porém, também não tem vaga em Paris. E, por ser uma especialista em uma prova que não se encaixa em nenhum revezamento, ela só irá à Olimpíada se fizer o índice, que é de 2min23s91. No Mundial, só as três primeiras colocadas nadaram abaixo disso.

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Já Matheus Gonche até passou à semifinal dos 100m borboleta, mas parou na semifinal, com 52s12, em 13º lugar. A marca mínima para a Olimpíada é 51s67.

O revezamento 4x200m livre masculino, que já foi campeão mundial em piscina curta, não se classificou à final. Terminou em nono.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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