Medalha olímpica é furtada em SP, e ex-judoca faz apelo para recuperá-la
Três medalhas históricas, uma delas olímpica, foram furtadas ontem (20) em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Elas pertencem a Flávia Gomes, ex-judoca que foi prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, em Singapura.
"É difícil porque tem um valor sentimental. Aquelas medalhas contam toda minha história. Ali estão os principais títulos da minha carreira. Tudo está ali. Tinha uma caixa com um troféu de vidro e duas medalhas do Mundial Militar que também fui campeã, só que essas não levaram, são pequenas, talvez ele [o ladrão] pensou que fossem de mentira. As outras são grandes, bem pesadas, e ele deve ter pensado que são de ouro, mas não são", disse ela ao Olhar Olímpico.
Flávia, de 29 anos, foi uma estrela do judô quando ainda nas categorias de base. Foi campeã mundial sub18 em 2009, prata nas Olimpíadas da Juventude em 2010, e depois ainda ganhou um bronze na Universíade de 2015. Todas essas três medalhas foram furtadas do apartamento de uma amiga dela.
"Hoje eu sou treinadora da equipe do Instituto Tiago Camilo. Um dos senseis tinha pedido para eu levar as medalhas para a turma ver. Eu levei na quinta-feira para lá, depois eu ia trabalhar, e para não deixar no carro, por segurança, pedi para uma amiga guardar na casa dela, que depois eu passaria pegar", conta.
As câmeras de segurança do condomínio onde essa amiga mora mostram um homem entrando lá às 12h40. O bandido arrombou a porta do apartamento e levou as três medalhas, um computador e uma televisão 42 polegadas. "Ele saiu com a TV debaixo do braço e ninguém falou nada", revolta-se a agora ex-judoca.
"As medalhas não são de ouro, nem nada. Não têm valor nenhum, só sentimental, para mim. Quem puder ajudar a compartilhar, vai me ajudar muito a tentar recuperá-las", diz ela, que não compete internacionalmente desde 2016. Na chegada à carreira adulta, passou por quatro cirurgias seguidas no ombro, perdeu espaço e, depois do pico da pandemia, desistiu da carreira de atleta. Atualmente, ela treina a equipe de alto rendimento do que hoje é o Instituto Tiago Camilo, mas no passado foi o AD São Caetano, clube histórico do judô.
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