Brasil ganha mais uma vaga olímpica na vela, mas não levará dupla a Paris
O Brasil conquistou mais uma vaga olímpica na vela. Mas, como em outras quatro classes, não levará ninguém à França para competir. Desta vez a classificação sem índice técnico veio na classe 470, que agora é mista — até a Olimpíada passada, era dividida entre masculino e feminino.
Isabel Swan e Henrique Haddad, o Gigante, terminaram o Mundial de 470, em Palma de Maiorca (Espanha), na 27ª colocação, como melhor dupla das Américas do Sul e Central. Isso deu a vaga olímpica ao Brasil.
Mas a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) estipulou um critério interno para levar, ou não, os barcos às Olimpíadas. Eles precisariam ser top16 em competições de primeiro nível, como o Mundial, ou terminar a competição entre os oito melhores países.
Henrique e Isabel completaram entre os 16 melhores países (cinco duplas alemãs ficaram à frente deles, por exemplo), em 27º lugar. E a outra dupla do Brasil, Juliana Duque/Rafael Martins terminou em 39º.
O Brasil está classificado à vela de Paris-2024 (cujas competições serão em Marselha) em sete classes. Mas, em quatro, nenhum brasileiro atendeu os critérios de elegibilidade. Na ILCA 7 e na ILCA 6 (antigas Laser e Laser Radial), os eventos para isso já se encerraram. Bruno Fontes e Gabriela Kidd conquistaram a vaga, mas ficaram muito longe dos critérios da CBVela.
Na Nacra, a vaga foi conquistada por Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino, no Pan. Eles ainda não atingiram o critério de elegibilidade, mas a CBVela, nessa classe, vai aceitar os resultados do Troféu Princesa Sofia, também em Maiorca, no fim do mês. Ali, a dupla João Siemsen/Marina Arndt também terá a chance de conseguir o índice.
Antes, na semana que vem, acontece, também na Espanha, em Lanzarote, o Mundial das classes 49er e 49erFX. Na primeira, masculina, o Brasil busca a vaga olímpica e o índice técnico com uma dupla jovem: Gustavo Abdulklech e Nicolas Bernal. Marco Grael e Gabriel Simões não aparecem como inscritos no torneio, que começa na segunda (4).
Por enquanto, o Brasil tem somente três barcos qualificados pelos critérios da CBVela: Martine Grael/Kahena Kunze, que disputam o Mundial na semana que vem, Bruno Lobo, na Fórmula Kite, e Matheus Isaac, na IQFoil. As duas classes, ambas "radicais", estream nos Jogos Olímpicos.
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