Flamengo confirma saída de polêmico e poderoso vice de Olímpicos
O Flamengo oficializou ontem (4) a saída do polêmico (e poderoso) vice-presidente de Esportes Olímpicos, Guilherme Kroll. A ex-nadadora Deborah Frochtengarten, do grupo político da ex-presidente Patrícia Amorim, vai assumir o cargo.
A demissão de Kroll já estava encaminhada desde o fim da semana passada, mas só foi confirmada ontem. O dirigente queria encerrar sua passagem pelo cargo com o título da Copa Brasil Feminina de Vôlei, torneio decidido no domingo — o Sesc/Flamengo, porém, perdeu na semifinal.
Sócio emérito do Botafogo, Kroll estava no cargo desde 2020. Seu antecessor, Delano Franco, pediu demissão acusando a gestão Rodolfo Landim de não cumprir acordo com Bernardinho (lembre aqui) e depois se tornou presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora do NBB.
Com Delano no comando do NBB, Kroll liderou o Flamengo a uma tentativa de implodir a liga, por dentro e por fora. Já próximo à diretoria da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Kroll alegou que uma multa imposta a ele era irregular, questionou a legitimidade do STJD da LNB, e deu à confederação a brecha que ela queria para romper com a liga.
A CBB contava que o Flamengo também rompesse com a LNB e migrasse para o Campeonato Brasileiro da confederação, sendo seguido por outros clubes. Mas a vontade de Kroll não era a vontade de Landim, que se manteve fiel ao NBB. Sem o Flamengo, a CBB perdeu, por muito, a queda de braço que travou com a liga.
Tido como um dirigente passional, presente a todo tipo de competição que o Flamengo disputasse, Kroll se envolveu em diversas polêmicas, e acumulou desafetos nas mais diversas modalidades. Até no nado artístico ele causou briga e discussão. Pelo estilo, comum no futebol, mas não no esporte olímpico, muitas vezes conseguiu impor sua vontade, e favorecer o Flamengo.
Agora, ele dá lugar à ex-nadadora Deborah Frochtengarten, primeira mulher com cargo de vice-presidente na gestão Landim, e muito próxima à também ex-nadadora (e ex-presidente) Patrícia Amorim.
Opinião
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