Newsletter: O maior reforço da história do nosso esporte olímpico
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Mesmo na semana em que Nathalie Moellhausen comemora sua terceira classificação aos Jogos Olímpicos pelo Brasil, não é exagero dizer que Lucas Pinheiro Braathen é o maior 'reforço' da história olímpica deste país.
Na quinta passada, o esquiador de 23 anos desceu de um avião no meio de um evento na sede da Red Bull, na Áustria, para dizer que vai trocar de nacionalidade esportiva na próxima temporada. Da Noruega para o Brasil.
Só o fato de o evento ter sido na casa de alguns dos mais badalados atletas do esporte mundial já mostra o peso da novidade. Lucas é um garoto prodígio, campeão da temporada passada no slalom, um fenômeno esportivo e de marketing.
Esqui alpino é coisa de gente rica, disputado em países ricos. Há todo um código social ali, onde Lucas não se encaixa bem. Ele pensa fora da caixinha. Em 2020, quando estreava na Copa do Mundo e deu entrevista ao Olhar Olímpico, contou não só do sonho de competir pelo Brasil, mas dos conflitos que já tinha com a federação norueguesa.
Queria poder mostrar os patrocinadores dele, falar com o público dele, não com as marcas da federação. Esses conflitos pesaram para uma "aposentadoria" precoce, aos 22 anos, e agora, à mudança de nacionalidade esportiva.
No passaporte, Lucas sempre foi brasileiro, como a mãe. O coração também sempre foi verde-amarelo. Faltava a bandeira ser, e agora ela é.
Pelo Brasil, Lucas poderá disputar quantas Olimpíadas quiser (Jaqueline Mourão segue competindo e pode ir a Milão-Cortina aos 50). Em tese, terá três edições em idade competitiva: 2026 (aos 25 anos), 2030 (aos 29) e 2034 (aos 33). Na edição passada, o pódio teve atletas de 24 a 30 anos.
São ótimas chances de um futuro glorioso em um esporte onde o Brasil nunca tinha sonhado em chegar longe, como esse texto explica melhor.
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