Calderano despenca no ranking, e cabeça de chave em Paris fica distante
Hugo Calderano se complicou, e muito, em busca da meta de ser cabeça de chave nos Jogos Olímpicos de Paris, e fugir dos chineses até a semifinal. Ele caiu para o oitavo lugar do ranking mundial na atualização desta semana e, o pior: ficou muito para trás dos concorrentes.
É certo que dois chineses serão os primeiros cabeças de chave. Chuqin Wang, novo melhor do mundo, tem 8.020 pontos. Zhedong Fan, o antigo, soma 5.788. Outros dois mesa-tenistas da China têm mais de 3 mil pontos.
Entre todo o resto do mundo, o melhor é o francês Felix Lebrun, com 3.132. Yun-Ju Lin, de Taiwan, chegou a 3.106 com a semifinal no Smash de Cingapura. Calderano foi no caminho contrário. Defendia semifinal no ano passado, caiu na primeira rodada neste, e perdeu sua pontuação mais alta. Agora ele tem 1.965 pontos.
Além disso, o brasileiro foi prejudicado pela própria decisão pessoal de não jogar o Mundial por Equipes. Lebrun somou 267 pontos lá. Lin, 166. Calderano, nenhum. A distância que era de 62 pontos para o europeu na semana passada agora é de 1.167.
Chegar no francês e no taiwanês é matematicamente possível, mas esportivamente muito difícil. Para alcançar Lebrun, Calderano precisa somar, nos próximos três meses, mais pontos do que ganhou no circuito mundial (excluindo continentais) nos últimos 12. E ainda torcer para Lebrun, que vem em ótima fase, não ter nenhum bom resultado.
O calendário ainda prevê, entre outras competições, um Smash na Arábia Saudita, em maio, valendo 2.000 pontos, dois 'Contender' simultâneos, na China e no Rio, valendo 600, e o WTT Champions, na semana que vem, na Coreia do Sul, valendo 1.000.
Caminhos Calderano tem para chegar nos rivais. Mas ele precisa de resultados muito melhores do que vem tendo. E isso inclui vencer os melhores chineses.
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