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Fim de semana do atletismo tem índice olímpico e PA entre destaques

O fim de semana foi movimentadíssimo para o atletismo brasileiro, com atletas competindo em ao menos quatro países diferentes. Matheus Lima, que fez índice olímpico, e Paulo André Camilo, que se aproximou muito dos Jogos Olímpicos de Paris, estiveram entre os destaques.

Matheus Lima fez o índice olímpico nos 400m com barreiras, prova principal dele, depois de também já ter se qualificado nos 400 rasos. Corredor de 20 anos, ele teve os primeiros bons resultados internacionais no ano passado e, em Bragança Paulista (SP), pela primeira vez correu em barreiras na casa de 48 segundos (48s55), baixando em 0s15 o índice olímpico. Só Piu entre os brasileiros foi mais rápido neste século.

Paulo André foi segundo colocado em um evento voltado a universitários nos EUA, em Miami. Correu os 100m em 10s14 e só foi superado por Fred Kerley (10s11), um dos grandes nomes dos EUA. A marca de PA vai entrar como uma das 5 melhores dele no ranking olímpico, substituindo um 10s19 da semana passada, e vai melhorar a pontuação do brasileiro, hoje o 23º classificado.
Cada país pode ter três atletas por prova em Paris e, nos 100m, Felipe Bardi e Erik Cardoso já têm índice. A terceira vaga pode tanto ser também distribuída por índice (se mais alguém fizer), ou pelo ranking. Aí, PA tem muita folga. Em Miami, Rodrigo Nascimento marcou 10s28. Erik novamente correu mal: 10s38.

Na Argentina, Wellington Morais chegou pela primeira vez à casa de 21 metros no arremesso de peso, algo que só Darlan Romani, entre os brasileiros, tinha. Com 21,01m, ele venceu um Meeting em Concepción del Uruguay e deu grande passo para ir a Paris. Ele é 20º do ranking olímpico e deve subir bem.

Na República Checa, Caio Bonfim foi terceiro colocado em uma prova importante de marcha atlética com 1h18s50, quinto melhor desempenho da carreira, confirmando a ótima fase. Viviane Lyra foi quinta com 1h28min25, melhor marca da carreira dela e sexto melhor desempenho da história do país, atrás de cinco de Erica Sena, o mais recente foi em 2019. As duas concorrem entre si para ver quem formará dupla com Caio nas Olimpíadas.

Gabriel Boza saltou 8,15m para vencer o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no salto em distância. A marca é a melhor do Brasil no ciclo olímpico e mostra que Boza, que já foi medalhista mundial na base e agora está com 21 anos, tem condições de ir a Paris. Mas precisa saltar acima de 8,00m também nas grandes competições (Ibero e Troféu Brasil).

Gabriele Sousa também foi bem em Bragança, no triplo. Venceu com 13,97m e deu mais um passinho para ir a Paris. Ela é a 14ª do ranking olímpico e vai ganhar alguns pontos.

Líder do ranking mundial neste começo de temporada, Eduardo de Deus marcou 13s35 nos 110m com barreiras em Bragança. Não atingiu o índice (13s27), mas mostrou que tem perna para muito mais. Ficou a 0s08 apesar de um vento forte de 2m/s contrário. Além do índice, ele busca o recorde sul-americano, 13s26, de Rafael Pereira, que não correu bem nos EUA no fim de semana.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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