Laura Amaro melhora recorde e se garante em Paris no levantamento de peso
O Brasil está classificado às Olimpíadas de Paris em mais uma modalidade: o levantamento de peso. Então 11ª colocada do ranking mundial, Laura Amaro levantou 253kg para pular para o nono lugar e carimbar o passaporte à sua segunda Olimpíada.
Natural do bairro carioca de Cascadura, no Rio de Janeiro, Laura, 23, já praticava o levantamento de peso quando se arriscou no skeleton, esporte de inverno em que o atleta desce a mesma pista do bobsled, mas deitado no trenó de barriga para cima.
"(Skeleton) exige muita potência do push inicial, que é levantamento de peso e velocidade de corrida. Duas coisas que eu dominava", explicou Laura em uma entrevista ao site dos Jogos Olímpicos. Participou da seletiva nacional, de eventos internacionais, e se qualificou para as Olimpíadas da Juventude de 2016, em Lillehammer, na Noruega.
No levantamento de peso, começou a brilhar em 2021, após os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando conquistou a prata em um Mundial bastante atípico. Competia na categoria até 76kg, que não é olímpica em Paris, e teve que se adequar a um novo limite de peso: 81kg.
Estreou na nova categoria levantando 247kg no Mundial de 2022, em Bogotá (Colômbia), mas depois não repetiu o resultado, variando entre 241kg e 243kg nos outros eventos válidos para o ranking. O salto veio exatamente na última chance, na Copa do Mundo de Puket (Tailândia), hoje (9), quando conseguiu 253kg, novo recorde brasileiro.
O resultado a torna candidata a um top5 em Paris, mas a medalha é muito difícil. A líder do ranking mundial é a chinesa Xiaomei Liang, com 284kg, seguida por uma egípcia, uma norueguesa e uma equatoriana que têm resultados acima de 265kg.
O levantamento de peso impõe um limite de três atletas de um mesmo país por gênero, apesar de haver cinco categorias. A China, que tem a melhor do mundo em todas as subdivisões, terá que abrir mão de duas vagas (e dois ouros muito prováveis).
É aí que reside a esperança de uma segunda brasileira também se classificar, Amanda Schott, que está machucada, não competiu na Tailândia, e caiu do 11º para o 12º lugar do ranking da categoria até 71kg. Ela precisa que EUA e China abram mão da vaga. O problema é que os dois países brigam pelo ouro (têm as duas primeiras do ranking) e não tendem a querer entregar o ouro de mão beijada para o arquirrival.
Reportagem
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