Decisão geopolítica da China definirá se brasileira vai às Olimpíadas
Amanda Schott está com o futuro nas mãos da geopolítica da China. Ela não conseguiu a vaga nos Jogos Olímpicos de Paris pelo ranking mundial do levantamento de peso e agora depende de uma realocação.
Cada país só pode mandar um limite de três mulheres e três homens a Paris na modalidade, mas a China teve a líder do ranking mundial em todas as cinco categorias femininas. Em duas, terá que abrir mão da medalha de ouro.
Essa decisão passa, também, por quem seria beneficiada com cada escolha. Na até 59kg, por exemplo, sem a China cresceria a chance de uma medalha, até de ouro, de Kuo Hsing-chun principal nome de Taiwan (ou China Taipei), cinco vezes campeã mundial.
Na categoria de Amanda, a até 71kg, se a China desistir, a favorita ao ouro passaria a ser Olivia Lynn Reeves, norte-americana de só 21 anos que já venceu a chinesa Guifang Liao na última etapa da Copa do Mundo. A se repetir o duelo dos Jogos de Tóquio no quadro de medalhas, quando os EUA ficaram a frente da China por um mísero ouro (39 a 38), qualquer título faz grande diferença.
Aí é questão de estratégia. Se Liao for a escolhida a ser sacrificada, a China ganhará três de ouro na modalidade, mas os EUA provavelmente terá um ouro. Se ela for convocada, há a possibilidade de ser superada por Reeves e a disputa terminar 2 a 1 para a China, uma vitória ínfima para quem domina o LPO.
A Amanda resta esperar a decisão chinesa. A brasileira ficou em 12º no ranking olímpico, mas vai subir uma posição porque a mesma francesa Marie Josephe Fegue se classificou tanto na 71kg quanto na 81kg e vai optar pela categoria mais pesada, abrindo mão da vaga na categoria de Amanda.
Isso faz com que Amanda se torne a próxima da lista para uma realocação, que deve ser confirmada (ou não) nos próximos dias. A Confederação Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP) não está otimista.
A tendência é o Brasil ter em Paris somente Laura Amaro, classificada na até 81kg, em décimo lugar.
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