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ReportagemEsporte

Canoagem velocidade mostra força e classifica Isaquias e mais 5 a Paris

Depois de anos dependente de Isaquias Queiroz internacionalmente, a canoagem velocidade do Brasil surpreendeu no Pré-Olímpico das Américas e conquistou cinco vagas olímpicas, em quatro disciplinas diferentes: a canoa (C) e o caiaque (K) masculino e feminino.

Assim, a modalidade terá, em Paris, sua delegação mais diversa da história, ainda que a renovação siga sendo um problema, e que as chances de medalha se restrinjam a Isaquias.

Sem poder contar com Isaquias, que já havia conquistado vaga para o Brasil no C1 1.000m pelo Mundial, o país abriu a coleção de conquistas no Pré-Olímpico no C2 500m, com Filipe Vieira e Jacky Godmann. Em Paris, a dupla poderá ser outra, muito provavelmente com Isaquias no barco, e Filipe também poderá remar o C1.

Ontem foram mais duas vagas: primeiro com Valdenice Conceição, que ganhou o C1 200m, depois com Vagner Souta, que foi terceiro colocado no K1 1.000m e acabou beneficiado pelo fato de o norte-americano segundo colocado não ser elegível.

Hoje, foi Ana Paula Vergutz quem se classificou pela segunda colocação no K1 500m. Outra brasileira, a ex-nadadora Carolina Moncorvo terminou em sétimo competindo por Honduras.

No total, o Brasil terá direito a levar seis atletas a Paris: cinco em provas individuais e mais um componente para o C2. Se a escalação no barco em dupla for Isaquias/Filipe, aí essa sexta credencial não seria usada. Já foi assim em Tóquio (Isaquias e Jacky).

É a primeira vez que o país classifica para mais de duas disciplinas diferentes. Entre 1992 e 2004, só teve o caiaque masculino. Em 2008 e 2012, só a canoa masculina. A única participação feminina foi na Rio-2016, com Ana Paula competindo pela cota do país sede. Para aquela edição, o Brasil se classificou pela primeira vez tanto na canoa quanto no caiaque masculinos.

Em Tóquio o time ficou menor: só a dupla da canoa masculina e Vagner Souta, no K1. No Japão, a canoa feminina se tornou disciplina olímpica, mas só agora, pela primeira vez, o Brasil tem uma classificada.

O time que provavelmente será escalado para ir a Paris, porém, não é jovem. Valdenice disputará sua primeira Olimpíada aos 34 anos. Vagner Souta tem 33 e, Ana Paula Vergutz, 35. Isaquias também entrou na casa dos 30 anos, em janeiro. O único garoto é Filipe Vieira, que foi campeão mundial sub23 ano ano passado.

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Oficialmente, a CBCa diz que a equipe só será formada mais adiante. Além da escalação do companheiro de Isaquias, há dúvida no K1 masculino. Na última Copa Brasil, Vagner Souta ficou apenas 2s5 à frente de Roberto Maehler, e 4s2 à frente de Edson Isaias.

Reportagem

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