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Rayssa Leal puxa a fila, e skate brasileiro encaminha 12 nas Olimpíadas

Faltando ainda uma etapa para o encerramento da corrida olímpica do skate, o Brasil já pode comemorar que terá 12 atletas nos Jogos de Paris, cota máxima. Por enquanto, só Rayssa Leal pode se dizer 100% garantida, mas o time está quase fechado.

Isso porque a World Skate dividiu a corrida olímpica em duas fases. Na primeira, para o street, por exemplo, foram seis torneios, incluindo dois Campeonatos Mundiais. Durante quase dois anos, Rayssa somou 197 mil pontos. Hoje, só por vencer o Olympic Qualifying Series de Xangai (China), ganhou bem mais, 260 mil.

Esse torneio, que vem sendo chamado pela sigla OQS, é uma novidade apresentada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), um super evento pré-olímpico de todas as modalidades urbanas: skate, BMX park, breaking e escalada velocidade. São duas etapas: essa de Xangai e uma em Budapeste (Hungria), de 18 a 23 de junho.

Pelo número altíssimo de pontos distribuídos, qualquer um que ficar entre os cinco ou seis primeiros em Budapeste irá à Olimpíada. Mas, como são 22 vagas por prova, poucas posições permitem esse salto, e a elite já está muito bem definida, já dá para dizer que o Brasil terá time completo em Paris.

No street feminino, Rayssa está matematicamente dentro. Ela tem 457 mil pontos e não sai nem do top6, mais. Pamela Rosa, em 13º lugar, está com a 10ª vaga (são seis japonesas na frente dela, e três não irão a Paris). Gabi Mazetto é a 16ª, com mais de 50 mil pontos de folga sobre Kemily Suiara e Isabelly Avila, que têm resultados bem abaixo do top12 que vão precisar em Budapeste.

No park masculino, Augusto Akio (202 mil pontos), Pedro Barros (201 mil) e Luigi Cini (188 mil) foram finalistas em Xangai e têm enorme folga sobre Pedro Quintas (73 mil), Pedro Carvalho (52 mil) e Murilo Peres (24 mil). Matematicamente a briga está aberta, mas Quintas precisaria no mínimo ser top5 em Budapeste.

A situação é semelhante no park feminino. Raicca Ventura (147 mil pontos), Isadora Pacheco (139 mil) e Dora Varela (137 mil) estão encaminhadas. Mas Yndiara Asp (53 mil) ainda sonha. Para tirar eses pelo menos 84 mil pontos em Budapeste, porém, ela teria pelo menos que ser finalista, contando com campanhas ruins de Isadora e Dora, finalistas em Xangai.

A única disputa aberta de fato é no street masculino. No street, Giovanni Vianna chegou aos 149 mil pontos com o sétimo lugar na China, em 10º do ranking mundial, e, assim como Kelvin Hoefler (92 mil), o 16º, está com os dois pés em Paris.

Mas Filipe Gustavo (66 mil) é o 22º e, hoje, estaria com a 16ª vaga, com 33 mil pontos de folga dentro da zona de classificação internacional. Na corrida interna, Gabryel Aguilar (38 mil) e Filipe Mota (23 mil) podem ultrapassá-lo na última etapa. Filipe Mota precisa no mínimo de um top12, algo que ainda não fez na corrida olímpica. Mas Gabryel já foi duas vezes semifinalista, resultado que poderá servir em Budapeste, dependendo do que Filipe Gustavo fizer.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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