Newsletter: Marcha pela medalha olímpica
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Vinte e uma provas disputadas e 20 medalhas.
Não há, no esporte olímpico brasileiro, ninguém com uma regularidade próxima à de Caio Bonfim neste ciclo olímpico. E isso pode render não só uma, mas duas medalhas para o Brasil em Paris.
Caio não sabe o que é ficar de fora de um pódio nos 20km da marcha atlética desde o Mundial de 2022, quando foi sexto colocado. Em quase três anos do ciclo olímpico, esta foi a única vez que não ganhou medalha em uma prova na distância olímpica.
O feito é equiparável ao que fez Ana Marcela Cunha antes da Rio-2016. Na época, ela chegou a 15 pódios consecutivos nas maratonas aquáticas, ao longo de pouco mais de dois anos. No caso dela, porém, essa regularidade só foi se transformar em medalha olímpica em Tóquio.
Caio, aos 33 anos, não pode esperar mais um ciclo. A hora dele é agora, e ele sabe disso. Tanto que chegou ao ano olímpico voando. Estabeleceu recorde brasileiro em março, na China, com 1h17min44s, e ficou só oito segundos acima disso para ser bronze em La Coruña (Espanha), no sábado, em uma das principais provas do mundo da marcha.
Na versão feminina, o Brasil quase foi ao pódio com Viviane Lyra, que terminou em quarto com 1h27min13s. Em um ano, ela já baixou mais de três minutos e meio sua melhor marca, e agora entrou de vez no grupo das melhores do mundo. Está com a moral altíssima.
Viviane já havia ido muito bem na prova de revezamento do Mundial de Marcha Atlética, em abril. Até ser punida, foi a segunda mais rápida entre todas as mulheres da prova. A punição veio enquanto ela liderava, a 2km do fim, e os brasileiros terminaram em quinto.
Em Paris, são três chances de medalha para o Brasil. Primeiro, logo na abertura das provas de atletismo, dia 1º de agosto, com a prova masculina começando às 7h30 pelo horário local, e a feminina às 9h20. Depois, pelo revezamento, sete dias depois.
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