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Ana Marcela encerra jejum de 22 meses, é ouro e sonha grande em Paris

Houve uma época em que onde houvesse mulheres nadando provas internacionais de 10km em águas abertas, havia Ana Marcela Cunha no pódio. Isso deixou de ser uma realidade nos últimos anos, com a brasileira lidando com mudanças na carreira e uma lesão grave.

Por isso é tão importante a vitória de hoje na etapa italiana da Copa do Mundo de Águas Abertas, deixando pra trás nomes como Leonie Beck (alemã, campeã mundial de 2023) e Sheron Van Rouwendaal (holandesa, campeã mundial de 2022 e 2024).

Ana Marcela nunca ganhou o Mundial nos 10km, mas é a atual campeã olímpica e tem uma carreira marcada por regularidade no pódio, com uma enorme coleção de medalhas de ouro — 40 na contagem da World Aquatics. A brasileira, contudo, não vencia uma prova desde julho de 2022.

O tabu caiu hoje, com outra grande notícia para o esporte brasileiro: a prata de Viviane Jungblut, melhor resultado dela em competições deste nível e, mais importante, melhor desempenho também. Na disputa braçada a braçada contra as duas melhores do ciclo olímpico, se impôs e venceu.

Foi a primeira vez que Vivi brigou assim. Até então, ela vinha se colocando somente entre as 10 ou 20 melhores. Havia sido nona nesta mesma etapa do ano passado, e 14ª no Mundial, quando ficou na corda bamba para se classificar à Olimpíada.

No fim ela vai a Paris, e vai com a moral altíssima, focada só nas águas abertas, já que desta vez nem tentou a vaga nas piscinas.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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