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ReportagemEsporte

Arthur Zanetti tem nova lesão, faz mistério, mas dá adeus à Olimpíada

Arthur Zanetti, 34, participou ontem (27), com uma tipóia no braço esquerdo, da reinauguração do Centro Olímpico de Tecnologia e Pesquisa (COTP), equipamento da prefeitura de São Paulo. A lesão é nova e o tira, agora de forma definitiva, dos Jogos Olímpicos de Paris, daqui a dois meses.

O campeão olímpico das argolas em Londres-2012 ainda tinha esperanças de mostrar à comissão técnica da seleção brasileira que poderia voltar ao pódio em Paris. E a grande oportunidade dele seria na Copa do Mundo Challenger de Koper (Eslovênia), a partir de quinta-feira.

Machucado, ele não irá ao torneio e perderá a chance de se mostrar competitivo internacionalmente.

Questionado sobre a lesão pela coluna, Zanetti fez mistério. Disse que era no braço, não no ombro, mas alegou que "não pode falar" sobre o problema. "Futuramente todos vão saber o que aconteceu", afirmou.

O Brasil tem direito a somente duas vagas na ginástica masculina na Olimpíada. Uma é obrigatoriamente de Diogo Soares, e o outro convocado será escolhido pela comissão técnico. O critério será, principalmente, maior chance de medalha. Arthur Nory parece o favorito em uma disputa direta contra Caio Souza. Arthur Zanetti corria por fora.

O veterano vem sofrido para ficar apto a competir nos momentos mais importantes, e não vai a um Mundial desde 2019. No ano passado, competiu somente na World Challenge Cup da Croácia, quando foi prata nas argolas com 14,600. Ao menos 10 atletas, em 2024, já tiraram notas maiores este ano.

O convocado será anunciado ao fim do Troféu Brasil, de 19 a 23 de junho. Caio, que volta de uma cirurgia no tendão de Aquiles, competiu o Pan-Americano de Ginástica Artística no fim de semana, conquistou cinco medalhas, mas não encantou.

No individual geral, somou 81,134 pontos na final e 82,367 nas eliminatórias, e por enquanto tem só a 16ª melhor nota do ano. O patamar para uma medalha nesta prova é bem mais alto. O outro caminho para Caio se candidatar a um pódio em Paris seria pela barra fixa, mas ele foi só prata no aparelho, com 13,700. Arthur Nory tirou 14,533 na barra na Copa do Mundo de Doha.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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