Thiago Braz é suspenso por 16 meses por doping e está fora das Olimpíadas
Campeão olímpico do salto com vara em 2016 e medalhista de bronze em Tóquio-2020, Thiago Braz não estará nos Jogos Olímpicos de Paris. A AIU, braço antidoping da World Athletics, anunciou nesta terça-feira (28) uma suspensão de 16 meses para o brasileiro.
Thiago estava suspenso provisoriamente desde julho do ano passado, quando a Athletics Integrity Unit (AIU) anunciou que ele havia testado positivo para ostarina. Em março, a entidade anunciou que havia pautado o caso para julgamento, mas a decisão só foi publicada agora.
Nos últimos meses, Thiago passou a atuar como coach nas redes sociais, oferecendo mentoria motivacional, principalmente. Em abril, o Olhar Olímpico escreveu sobre e ouviu do COB que o comitê seguia sendo informado pela CBAt sobre os treinamentos de Thiago.
Havia a expectativa de que ele pudesse retornar na fase final da corrida olímpica e saltar acima de 5,82m até 30 de junho, se classificando, assim, aos Jogos de Paris.
De acordo com a AIU, Thiago está recorrendo na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A única esperança dele é que a entidade, última instância na justiça desportiva, o autorize a competir até o fim do mês que vem, para que ele possa tentar o índice. Mas, sem disputar competições, ele nem sequer teria o índice necessário para ser inscrito no Troféu Brasil, por exemplo.
Nota oficial na íntegra
Thiago Braz se posicionou, em comunicado oficial publicado em seu perfil no Instagram, sobre a punição divulgada nesta terça-feira (28).
"O resultado do julgamento do Thiago Braz no Truibunal da Wordl Athletics foi extremamente positivo, especialmente considerando que a Wordl Athletics acusava-o de doping intencional, pleiteando a aplicação de uma sanção de 4 anos de inelegibilidade.
'Entretanto, após 2 dias de audiências em Londres, os argumentos da defesa do atleta prevaleceram e restou comprovado que na verdade Thiago Braz foi vítima de contaminação de suplementos (uma violação não intencional; com ausência de culpa significativa), reduzindo a solicitada pena de 48 meses para apenas 16 meses de inelegibilidade. De acordo com a decisão de primeira instância, Thiago Braz estará livre para treinar em setembro e para competir em novembro de 2024', explicou Marcelo Franklin, advogado responsável pelo caso.
Entretanto, sob o entendimento de que os 16 meses continuam desproporcionais ao baixíssimo nível de responsabilidade atribuível ao atleta, desde a semana passada, a defesa de Thiago interpôs apelação na Corte Arbitral na Suíça e está confiante em excluir a sanção ou reduzir ainda mais o período de inelegibilidade imposto, de modo a que o atleta possa participar livremente das Olimpíadas de Paris 2024. Thiago Braz reserva-se ao direito de manifestar-se publicamente apenas após o julgamento final no CAS."
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