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ReportagemEsporte

Ulan Galinski e Raiza Goulão vão a Paris no MTB; Natasha deve ir judô

O Brasil vai ganhar três nomes nomes nos Jogos Olímpicos de Paris. No mountain bike, os convocados serão Ulan Galinski e Raiza Goulão. Já Natasha Ferrreira deverá ser a 13ª e última convocada do judô.

No ciclismo moutain bike, a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) usou como critério para convocação os pontos somados por cada atleta durante os dois anos de corrida olímpica, dando pontuação dobrada para as duas últimas etapas de Copa do Mundo.

Esse ranking foi atualizado na quarta-feira (29), após fechar a lista da UCI, e o melhor brasileiro foi Ulan, com 1.862 pontos, seguido de perto por Alex Malacarne, com 1.727. Os dois não competiram diretamente, uma vez que Ulan, de 25 anos, corre na elite, e Alex disputa o circuito da Copa do Mundo na categoria sub 23, que também computa para o ranking mundial e olímpico.

Por pouco o Brasil não teve direito a duas vagas. Os oito melhores do ranking de nações podem levar dois atletas a Paris, mas o Brasil ficou em nono lugar, a menos de 300 pontos da Grã-Bretanha. O curioso é que os dois brasileiros que mais somaram pontos para o país, José Gabriel Almeida e Henrique Avancini, não vão a Paris. Pelos critérios da CBC, José Gabriel foi só o quarto.

Já Avancini por pouco não teria direito de ir à Olimpíada, mesmo aposentado desde outubro do ano passado. Ele ficou a menos de 200 pontos da vaga.

No feminino, o Brasil ficou em décimo no ranking olímpico e a convocada será Raiza Goulão, de 33 anos, que venceu a disputa direta contra Karen Olimpio, de 27, por menos de 200 pontos. Raiza não vem em boa fase no circuito e foi só 49ª colocada na última etapa da Copa do Mundo, em Andorra.

Natasha também deve ir

No judô, o Brasil deverá ter 13 representantes. Doze já foram convocados pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e Natasha Ferreira, da categoria até 48 kg, tende a ser a 13ª com direito a ir a Paris.

Na modalidade, o ranking olímpico só fecha em 23 de junho, mas daqui até lá só serão realizados torneios de menor expressão, cuja pontuação máxima não entraria na contagem de cinco melhores resultados da enorme parte dos concorrentes a vagas olímpicas.

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Na última atualização da lista, Natasha aparece como classificada pela realocação de vagas da Oceania. O continente tem direito a levar cinco homens e cinco mulheres além daqueles classificados entre os 17 mais bem colocados de cada categoria, mas cada país só pode usar uma cota continental.

Hoje, quatro dessas cotas da Oceania estão sendo usadas no masculino e só duas no feminino. Uma sétima cota é de Kiribati, país que ainda não definiu se irá com um homem ou uma mulher. Isso será definido em um "Open Continental", no Taiti. Mesmo que o país vá a Paris no feminino, duas cotas continentais seriam realocadas.

Nessa corrida, Natasha tem 2.694 pontos, contra 2.642 de uma alemã, que ainda pode ultrapassá-la. A concorrente seguinte é Ana Viktorija Juljiz, da Croácia, que tem 2.490 e não tem como ganhar mais pontos.

A CBJ, porém, vai esperar para fazer o anúncio. Por causa da situação de Kiribati, a Federação Internacional de Judô (IJF) considera que não pode distribuir as cotas realocadas da Oceania ainda, e não confirma a vaga para Natasha. Além disso, seguem abertas as inscrições para um Open em Lima (Peru), e há o risco, muitíssimo improvável, de um país da Oceania se inscrever para participar.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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