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Newsletter: Seleção feminina de vôlei vai fortíssima às Olimpíadas

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"Nas Olimpíadas, leão vira gatinho, e gatinho vira leão". Quem me disse isso foi Letícia Pessoa, uma das maiores treinadoras da história do vôlei — no caso, de praia. Foi a quatro Olimpíadas, sempre com duplas favoritas ao ouro, mas nunca ganhou um. Tem três de prata.

Favoritos nem sempre são campeões olímpicos. Mas fica mais fácil chegar ao ouro se você já está à frente dos outros. Os EUA chegaram como favoritos no vôlei feminino em Tóquio e levaram.

A seleção brasileira feminina de vôlei será campeã olímpica? Só saberemos em agosto. Mas, pelo que fez na fase de classificação da Liga das Nações, é a favorita.

São 12 vitórias em 12 jogos, e atuações incontestáveis, principalmente a última, uma vitória de 3 a 0 (fora o baile) sobre a Turquia, então líder do ranking mundial e com quem o vôlei brasileiro vem criando grande rivalidade. Melissa Vargas, uma das melhores do mundo, cubana naturalizada turca, não viu a cor da bola.

No começo da última semana desta fase de classificação, o Brasil já havia vencido bem a Polônia, por 3 a 1, no que era um confronto de invictas.

O Brasil é o atual vice-campeão olímpico, mas o time que vai a Paris é novo. Não tanto pelas peças, mas pela reconstrução promovida por José Roberto Guimarães, que perdeu, pós-Tóquio, Tandara, Garay, Natália, Thaisa e Brait. E quase perdeu Ana Cristina, que pediu dispensa de jogar pela seleção na temporada 2022.

Zé foi buscar Julia Bergmann no esporte universitário dos EUA, convenceu Thaisa e Ana Cristina a voltar, mas principalmente reconstruiu a espinha dorsal do time. Roberta virou titular, Rosamaria é peça indispensável, Carol se estabeleceu como estrela internacional e Gabi joga como nunca pela seleção.

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Até o sistema de jogo é quase um 3 x 3, com Nyeme, agora líbero titular indiscutível, muitas vezes levantando bolas. Exceto por Thaisa, a geração bicampeã olímpica é passado, mas o presente não dá margens para saudade. Brait teve a chance de voltar, não quis, e a seleção não sente.

Sem Gattaz, outra da antiga espinha dorsal, que agora está fora dos planos, José Roberto parecia ter uma dúvida entre Diana e Julia Kudiess como terceira central, dissipada com a grave e triste lesão de joelho sofrida pela segunda. O elenco olímpico está desenhado: Macris e Roberta; Diana, Carolana e Thaisa; Gabi, Ana Cristina e Julia Bergmann; Nyeme; Rosamaria.

Faltam dois nomes. Uma das brigas é entre Pri Daroit (passe melhor, mais experiente, peça importante no ciclo) e Helena (futuro). Outra parece ser entre Tainara e Kisy, com vantagem para a primeira porque poderia jogar de central e fez uma VNL melhor. Luzia, central que em um futuro breve será titular da seleção, deve esperar até Los Angeles.

Na VNL, o Brasil joga as quartas de final contra a frágil Tailândia, dona da casa e só 13ª da fase de classificação. Depois, em uma eventual semifinal, encara quem passar de China e Japão. Um ou outro será bom teste. A China, porque as equipes não jogaram entre si na primeira fase. E o Japão, pela qualidade defensiva das asiáticas, que sempre dão trabalho.

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