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Rebeca faz duas finais no Rio em últimas apresentações antes de Paris

Rebeca Andrade faz, na manhã deste domingo (23), no Rio, suas duas últimas apresentações antes da disputas dos Jogos Olímpicos de Paris, em julho. A campeã olímpica participa das finais do Troféu Brasil de Ginástica Artística, que está acontecendo na Arena Carioca 1, na trave e nas barras paralelas assimétricas.

Com o time olímpico definido, não há razão para correr riscos. Por isso, nenhuma das sete que serão convocadas (cinco titulares, duas reservas) competiu as eliminatórias no salto, e, do time principal, só Jade Barbosa e Julia Soares se apresentaram no solo. Os dois aparelhos são os que mais exigem do joelho, e os que têm mais risco de lesões.

O Troféu Brasil é uma competição por aparelhos, o que significa que não existe nem a prova por equipes, nem o individual geral. É como uma "Copa do Mundo", só que nacional. Na sexta aconteceram as eliminatórias, e na manhã deste domingo serão realizadas as 10 finais por aparelhos: quatro no feminino, seis no masculino.

Rebeca teve não só a melhor nota da fase de classificação nas paralelas, como a melhor nota dela no ciclo olímpico: 14,800, mesmo perdendo uma conexão (junção de dois elementos) que representou um decréscimo de 0,2 de sua nota de partida. É um potencial 15,000 para a Olimpíada, o que a colocaria com chances de medalha em uma final olímpica.

Na trave, Rebeca e Flávia Saraiva tiveram e mesma nota (13,767), mas nenhuma das duas fez sua melhor série nas eliminatórias. A final, neste domingo, terá as três brasileiras que são candidatas a chegar à final olímpica em Paris, já que Julia Soares avançou em terceiro, com 13,633.

Flavinha também disputaria as eliminatórias das paralelas, mas foi retirada da prova por causa de um incômodo nas costas. Como também não tinha o planejamento de estar no salto e no solo, participa do Troféu Brasil só na trave.

O solo deve ter uma disputa boa pelo ouro entre Julia Soares, caçula da seleção, que é da Cegin-PR, e Jade Barbosa, a mais veterana, do Flamengo. Nas eliminatórias, a primeira teve 13,833 com sua nova série ao som de Raça Negra, e, a segunda, 13,500. Em uma eventual final olímpica por equipes, só três atletas por país se apresentam, e a escolha será entre uma das duas.

Já no masculino as finais do Troféu Brasil têm a expectativa pelo que Arthur Nory pode fazer na barra fixa. Ele será o convocado para a Olimpíada, para competir só neste aparelho, mas apresentou uma série mais simples nas eliminatórias do campeonato nacional, e a errou. Mesmo assim passou à final, e terá nova chance.

Diogo Soares, que se classificou a Paris pelo Mundial, competiu só no cavalo com alças e também caiu. Mas, como o nível do país no aparelho não é bom, ainda assim ele passou à final, em quinto. Neste domingo, terá a chance de acertar e levar um ouro para casa.

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Já Yuri Guimarães é candidato a ser reserva em Paris, concorrendo com Caio Souza, que não compete no Troféu Brasil por causa de uma luxação. Mais jovem, ele não fez uma boa eliminatória pensando na soma de todos os aparelhos, mas sobrou no salto (14,600) e no solo (14,050), com mais de meio ponto de folga sobre os adversários.

* O colunista viajou a convite da CBG.

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