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ReportagemEsporte

Rebeca leva dois ouros em último torneio antes da Olimpíada

Demétrio Vecchioli
Colunista do UOL, no Rio
Atualizada em
23.jun.2024 - Rebeca Andrade se apresenta na final de trave do Troféu Brasil de ginástica artística
23.jun.2024 - Rebeca Andrade se apresenta na final de trave do Troféu Brasil de ginástica artística Imagem: Reprodução/X/@CBGinástica

Rebeca Andrade venceu os dois aparelhos em que competiu no Troféu Brasil de Ginástica Artística, para delírio do público que compareceu em bom número à Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, nesta manhã de domingo. Na trave, ela, Jade Barbosa e Flávia Soares caíram.

Pouco antes do anúncio da convocação para a Olimpíada, que obviamente terá seu nome, Rebeca competiu somente na trave e nas paralelas assimétricas como forma de poupar o joelho nos aparelhos de maior impacto: salto e solo.

A ginasta do Flamengo se apresentou primeiro nas assimétricas. Teve uma série difícil, com nota de partida 6,2, três décimos acima do que nas eliminatórias, mas foi "canetada" pelos árbitros na execução. O ótimo 8,900 das eliminatórias virou 8,433. Um total de 14,633, que deixou ela sem o aguardado 15 antes da Olimpíada. Em Paris, ela vai precisar chegar nesse patamar se quiser medalha no aparelho.

Na trave, teve uma queda ainda no início da série. Mesmo assim recebeu uma boa nota, 13,633, porque apresentou uma série bastante difícil. Flávia Saraiva economizou nos elementos, também caiu, e ficou fora do pódio, com 12,667. Em uma prova que teve todas as cinco titulares da seleção, quem foi ao pódio com bronze foi Gabriela Barbosa, do Pinheiros, o que é preocupante pensando em Paris.

Julia Soares foi prata (13,333), Flavinha a quarta e Lorrane Oliveira a quinta colocada (12,467). Jade Barbosa terminou em oitavo lugar, com uma apresentação ruim, de duas quedas.

Nas assimétricas, o pódio também teve Jade Barbosa com 13,200 e Carolyne Pedro com 12,933. Lorrane Oliveira, especialista no aparelho, voltou às competições após um drama pessoal e terminou em quarto, com 12,700. As três titulares da seleção haviam ido melhor nas eliminatórias: 14,800 para Rebeca, 13,567 para Jade, 13,367 para Lorrane.

Já o solo não contou com Rebeca, Flávia e Lorrane. A disputa pelo ouro era entre Jade e Julia, e as duas tiveram desempenho abaixo do que nas eliminatórias. A veterana ganhou com 13,333, meio ponto abaixo do que fez na qualificação, enquanto Julia foi só a sexta colocada, com 12,500, perdendo um ponto. Helen 'Pingo' e Carolyne Pedro completaram o pódio.

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No masculino, Arthur Nory, que será convocado na vaga do país em Paris, caiu de novo na barra fixa, único aparelho em que vai competir na Olimpíada. Já havia sido assim nas eliminatórias. Ele foi quinto, com 13,000, enquanto o ouro foi para uma novidade: Diogo Speranza, também do Pinheiros, com 13,500.

Diogo Soares foi poupado no Troféu Brasil e competiu somente no cavalo com alças, Depois de cair nas eliminatórias, ele desta vez fez uma série limpa e venceu com 13,300, ainda abaixo do que consegue fazer. Nas Olimpíadas, competirá nos seis aparelhos.

A boa novidade foi Vitaly Guimarães, de mãe russa e pai brasileiro, que competiu pela primeira vez no Brasil vindo da liga universtiária dos EUA. Ele venceu no solo com boa nota 14,250, que daria a ele o 15º lugar no Mundial passado, e foi segundo nas argolas, a apenas 0,150 de Diogo. Yuri Guimarães venceu nas argolas, com 13,200, e no salto, com média 14,600, enquanto nas paralelas Bernardo Miranda (14,000) venceu Lucas 'Bisteca' por 0,050.

* O colunista viajou a convite da CBG

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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