Thiago Braz vira atração em última chance de o Brasil ampliar time olímpico

Mas isso não significa que o time olímpico será pequeno.

A tendência é o Brasil levar entre 40 e 50 esportistas no atletismo a Paris, a maior parte deles classificada por um ranking mundial que pondera os cinco melhores resultados (dois nas provas de resistência, três nas intermediárias) de cada atleta na janela. Os pontos levam em consideração a marca, a classificação na prova e o nível do torneio.

Os campeonatos nacionais, como o Troféu Brasil, são de nível B, e distribuem 100 pontos ao campeão de cada prova, o que faz grande diferença no ranking. Mas diversos países, não só o Brasil, estão organizando seus torneios nesta semana, o que significa que a pontuação de muita gente vai subir.

Pela última atualização, 11 brasileiros apareciam confortáveis no ranking mundial. São atletas que devem ir a Paris independente do resultado do Troféu Brasil:

A grande atração do Troféu Brasil será, assim, um batalhão de quase 30 atletas que têm chances matemáticas de permanecer ou entrar na zona de classificação pelo ranking mundial.

Nos 3.000m com obstáculos, por exemplo, Tatiane Raquel é 35ª e, Simone Ponte Ferraz a 48ª de um ranking que vai distribuir 36 vagas. É um olho na pista do CPB e outro se dividindo entre a Polônia e a Finlândia, onde as duas próximas da lista disputam seus campeonatos nacionais também a partir de hoje.

Como a contagem de pontos é complexa, muita gente vai competir o Troféu Brasil e encerrar a campanha olímpica sem saber se irá a Paris. Outro exemplo é o arremesso de peso, em que Ana Caroline Silva está em 33º e Lívia Avancini em 35º, para 32 vagas.

E mesmo quem ficar fora da zona de classificação ao fim da corrida pode acabar indo a Paris, porque algumas confederações nacionais exigem o índice e não convocam quem se classifica por pontos. Além disso, há casos de atletas lesionados e impedidos de competir por outros motivos.

A lista de quem ainda briga pelas Olimpíadas diretamente é longa:

Por fim, há a disputa por vagas nos únicos dois revezamentos classificados. O 4x400m masculino conseguiu a vaga pelo Mundial, enquanto o 4x100m masculino entrou pela repescagem do ranking mundial. Botsuana empatou em tempo com o Brasil (48s19) no Campeonato Africano, mas são duas vagas e ninguém mais pode passar.

No 4x100m, três vagas serão ocupadas por atletas com índice (Erik, Bardi e Renan) e uma quarta por Paulo André Camilo, se ele confirmar a vaga nos 100m pelo ranking. O mesmo com Jorge Vides, nos 200m. Aí, a outra vaga seria distribuída ao campeão ou vice do Troféu Brasil (se não for nenhum deles) ou o melhor do ranking nacional dos 100m (por enquanto, Rodrigo Nascimento, com 10s18).

Se Vides não se classificar, a sexta vaga deve ser de Gabriel Garcia, quinto no ranking dos 100m e terceiro no dos 200m, que é o critério seguinte.

Já no 4x400m três vagas são de Piu (que só correria final), Matheus Lima e Lucas Carvalho. As outras três serão distribuídas a campeão e vice do Troféu Brasil, e aos melhores do ranking nacional. Esses seriam, hoje, Lucas Vilar, Jadson Lima e Douglas Hernandes