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Thiago Braz agradece a Neymar e Pablo Marçal: 'Assumiram minha causa'

Suspenso por doping, Thiago Braz conseguiu autorização da Corte Arbitral do Esporte (CAS) para participar do Troféu Brasil neste sábado e tentar o índice olímpico, que não veio. Após a prova, ele agradeceu ao influenciador Pablo Marçal, pré-candidato a prefeito em São Paulo pelo PRTB, e ao jogador de futebol Neymar Jr por ajudá-lo desde a punição aplicada a ele ano passado.

"Quero agradecer o Plabo Marçal por ter sido um dos únicos, ele e Neymar Jr, a ter me apoiado. Poucos foram corajosos de assumir minha causa, ele é um cara que honra a vida dele. Assim como Neymar pai, que sempre confiou em min. Ele [Marçal] me ajudou psicologicamente, com a possibilidade de estar do lado dele, acomapnhar ele, fazer um treinamento mental para me fortalecer", disse Thiago na zona mista. Ele tem a carreira gerida pela empresa familiar dos Neymar.

Como o Olhar Olímpico havia noticiado, Thiago passou a atuar como coach nas redes sociais, assim como sua esposa, Ana Paula, ex-atleta de salto em altura. A construção desta nova figura pública tem o dedo de Pablo Marçal, que também teria ajudado Thiago financeiramente neste último ano.

Depois do anúncio da liminar concedida pela CAS, na quarta-feira, Thiago passou a postar mais detalhes de sua vida no interior de São Paulo. Publicou no Instagram um vídeo treinando em uma pista particular de salto com vara. O Olhar Olímpico apurou que ela ficaria em um resort de propriedade de Pablo Marçal. Suspenso por doping, ele não podia frequentar instalações esportivas, como pistas de atletismo.

Questionado sobre a participação do influenciador para que ele tivesse essa pista particular, Thiago desconversou. Perguntou duas vezes "que pista?", e após ser lembrado da postagem em suas redes sociais, só disse "não" à pergunta sobre a participação de Pablo.

O salto com vara é uma prova que exige técnica apurada, e Thiago mostrou estar bem treinado tecnicamente, ainda que sem a velocidade e a resistência necessárias para um salto de 5,82m (quanto mais alto o sarrafo, mais pesada a vara, e mais difícil de correr segurando-a). Aos jornalistas, ele desconversou sobre como foi essa preparação.

"Treinei. Treinei as possibilidades, me mantive ativo no físico, mas é isso", disse inicialmente. Desde quando ele estava treinando? "Fui liberado dois dias atrás, dei meu salto, era o que eu pude fazer." No Troféu Brasil, ele foi acompanhado por Elson Miranda, seu ex-treinador, que disse à coluna que só passou a orientá-lo depois da liberação da CAS. "Não recusaria ajudá-lo", justificou.

O campeão olímpico lamentou ter competido sem ritmo de treino e de competição. Ele estava desde julho do ano passado sem saltar competitivamente, e por isso não poderia se classificar à Olimpíada pelo ranking de pontos, só buscando o índice de 5,82m.

Thiago disse mais uma vez que é inocente da acusação de doping. "Sou um cara literalmente inocente, nunca usei nada ilícito, nada intencional. Ficar um ano afastado me doeu muito. Foi difícil controlar as emoções em uma prova em que eu só tinha uma chance. Gerir as emoções desde as alturas base. Controlei ao máximo o mental, dentro das minhas limitações. Eu deveria ter sido liberado antes. Não deveria ter tido todo esse tempo afastado das pistas."

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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