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Esperança olímpica: crianças que deram show de skate em 2021
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Sky, Gingwoo, Momiji, Gui, Misugo, Rayssa. Britânicos, japoneses ou brasileiros. A entrada do skate nas Olimpíadas trouxe novos ares aos Jogos e conseguiu o fenômeno de rejuvenescimento do esporte olímpico como um todo.
Com uma média etária de 13 anos de idade, nomes como o da britânica Sky Brown e da brasileira Rayssa Leal ganharam destaque mundial pela alta performance, carisma e baixa idade e se tornaram as atletas mais novas de seus países a conquistarem pódios nas Olimpíadas.
A japonesa de Osaka Momiji Nishiya, também com 13 anos de idade, faturou o ouro olímpico no skate park em Tóquio e se tornou a mais jovem atleta a ganhar uma medalha para o Japão nos Jogos.
Rayssa, depois da conquista da medalha de prata nas Olimpíadas, foi a atleta mais nova a subir no pódio nos Jogos pelo Brasil, e foi considerada skatista do ano pela Confederação Brasileira de Skate nesta semana.
Sky Brown, por sua vez, foi indicada ao troféu de Personalidade do Ano nos Esportes pela BBC em prêmio a ser confirmado neste domingo (19), em Londres. Ela concorre com o jogador de futebol Jude Bellingham, 18, e a nadadora paralímpica Ellie Challis, 17.
Além de skatista de primeira linha em park e em vertical, Sky que tem até bonecas com seu nome e visual, é também uma grande revelação do surfe mundial. Suas performances nas pistas e seu sorriso encantador cativam a todos ao seu redor. Foi a vencedora do Prêmio Teen Choice Awards desse ano.
Além da glória, da fama e da grana, provenientes de tanta exposição na mídia, o que se observa é que a cada dia mais crianças estão assumindo seu protagonismo infantil no skate de alto desempenho, como uma tendência global.
A japonesa Misugu Okamoto, de 15 anos, que também participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio como favorita ao título, não chegou no pódio, mas foi consolada por suas adversárias que fizeram festa para animar a amiga, de uma forma muito amistosa.
Nota-se que foi preciso crianças em meio a inúmeros adultos de dezenas de modalidades para se mostrar o significado do espírito olímpico, que aliás foi outro prêmio vencido por Rayssa Leal esse ano, esse oferecido pela Visa Award.
Nova safra de meninos vem com energia e manobras de tirar o fôlego
Pouca idade não é um fenômeno exclusivo das meninas do skate, e uma nova safra de skatistas de faixa etária reduzida está brilhando no cenário do skate moderno.
Um desses pequenos fantásticos é o japonês Ginwoo Onodera, de apenas 8 anos, talvez o mais novo skatista a competir em nível profissional no mundo.
Determinado, agitado e altamente focado, Ginwoo foi uma das grandes revelações do Tampa Am, realizado no mês passado na Flórida, nos Estados Unidos. Reuniu os melhores skatistas amadores do mundo que buscam vaga como profissional no evento Tampa Pro e na Street League.
O garoto apresentou manobras de alto grau de dificuldade, uma rotina que utilizou todos os espaços da pista de street e mesmo quando errava alguma manobra não desistia até acertar. Um guerreiro do skate de baixa estatura, com toda condição de assumir pódios no próximo ano e de surpreender em Olimpíadas futuras.
Assim como ele, outro brasileiro foi grande destaque este ano e foi literalmente para as alturas. É o curitibano Gui Khury que aos 12 anos de idade conquistou a medalha de ouro no X Games. Ele conseguiu a proeza de ser o primeiro skatista da história a aterrissar em pé com seu skate após concluir um aéreo de 1.080 graus (três voltas completas) no half pipe dos Jogos, na Califórnia.
Gui, aos 9 anos de idade, já havia feito outras atividades de risco, como dropar da megarrampa do Bob Burnquist, de 27 metros de altura na Califórnia, o que motivou os pais de Khury a montar uma mini megarrampa no quintal da casa dele.
O sucesso dessas novas estrelas motiva os pais e os filhos a se aventurarem no skate em todo o mundo, e não será novidade se nas próximas Olimpíadas, em 2024, na França, os pódios estejam repletos de crianças ou adolescentes.
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