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Paulo Anshowinhas

REPORTAGEM

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World Skate anuncia torneio na Argentina após tirar Mundiais do Brasil

O skatista paulistano Gabryel Aguilar no Pré-Olímpico de street skate em Roma da World Skate - Julio Detefon/ Divulgação CBSK
O skatista paulistano Gabryel Aguilar no Pré-Olímpico de street skate em Roma da World Skate Imagem: Julio Detefon/ Divulgação CBSK

Colunista do UOL

10/09/2022 09h32

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A World Skate anunciou nesta sexta-feira (9), a realização do World Skate Games Argentina 2022, a se realizar de 26 de outubro a 16 de novembro, em três localidades na Argentina, justamente 10 dias depois da realização do STU Open no Brasil.

O festival de patins, scooters e skate promete ser realizado nas cidades de Punta Negra, Mendoza e Buenos Aires e deve acomodar competidores de modalidades do skate que não estarão presentes no STU Open (park e street).

No World Skate Games as modalidades de skate convidadas foram não olímpicas como Skate Vertical, Downhill (descida de ladeira), Slalom e Street Luge (semelhante a carrinho de rolimã), mas seu ponto forte é de fato a patinação com provas de inline speed, hockey, downhill, alpino, maratona aberta, roller free style e scooters (patinetes).

Recentemente a World Skate não homologou dois eventos mundiais de park e street que iriam acontecer no Brasil como etapas classificatórias olímpicas, o que obrigou a plataforma Skate Total Urbe (STU), e sua parceira, a Confederação Brasileira de Skate (CBSK) a alterar o nome oficial do evento, mas manteve a data e o local originais, na skatepark da Praça Duó, na Barra da Tijuca, que irá oferecer uma premiação recorde de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,5 milhão) para os skatistas.

STU rebate World Skate em carta aberta para os skatistas

Em carta viralizada entre a comunidade do skate nacional e internacional, a plataforma Skate Total Urbe (STU), através do seu idealizador Diogo Capelão, divulgou nesta segunda-feira um comunicado conjunto com a Confederação Brasileira de Skate (CBSK) na qual descarta uma suposta "inabilidade organizacional e financeira", conforme anunciada pela World Skate como razão de não habilitar os dois Mundiais no Brasil.

De acordo com o documento, desde as Olimpíadas de Tóquio, até o final deste ano, serão 20 eventos realizados pela STU nas modalidades, vertical, park, street, paraskate, mini ramp e mega ramp, onde foram investidos mais de US$ 7.5 milhões (cerca de R$ 40 milhões) entre construção de pistas, ativações, conteúdos e eventos e mais US$ 1.5 milhão (cerca de R$ 7,5 milhões) apenas em premiações.

Além disso, segundo Castelão, "é inadmissível o skate ter somente um evento de alcance mundial em 18 meses após os Jogos Olímpicos, sendo que a World Skate não tem previsão de eventos para 2023 ou 2024.".

Castelão afirma também que a World Skate, decidiu diminuir a premiação dos skatistas para aumentar seu "fee" de chancela relativa aos mundiais para US$ 400 mil (cerca de R$ 2 milhões).

O dirigente do STU aponta ainda que a World Skate afugentou eventos tradicionais do calendário mundial como X-Games, Dew Tour, SLS e Vans Park Series), justamente por não entender o que é de fato o skate.

Por fim, assinala que "não podemos mais aceitar lideranças antiquadas, arbitrárias e negligentes".

A World Skate não se manifestou até o momento sobre o conteúdo desta nota.

Pai do skatista Pedro Barros renuncia a presidência da World Skate América

O skatista Pedro Barros e seu pai Andre - Reprodução Instagram - Reprodução Instagram
O medalhista olímpico de skate Pedro Barros, a esquerda e seu pai André Barros pintam o cabelo
Imagem: Reprodução Instagram

Nesta quinta-feira, 08/09, outra reviravolta no ambiente político da World Skate, quando o presidente da World Skate America, o catarinense André Barros, pai do medalhista olímpico brasileiro Pedro Barros, renunciou ao cargo.

De acordo com entrevista dada ao site Eu Sou Skatista, André Barros cita que "a entidade que deveria trazer um calendário e garantir um circuito mundial, não consegue fazer e quando aparece uma oportunidade como esta ela deixa escapar por questões financeiras, e mostra onde está a prioridade".

Ainda segundo André, "a World Skate perdeu a inscrição de 2028 para a entrada do Paraskate nas Olimpíadas de Los Angeles", e prossegue afirmando que "existe a possibilidade e o risco do skate deixar de participar das Olimpíadas, mas como o skate é a bola da vez por sua grande audiência, e se tem algo que a World Skate precisa é disso", finaliza.