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Paulo Anshowinhas

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Imperatriz do street Rayssa Leal continua soberana e Luizinho é rei no park

A skatista maranhense Rayssa Leal que disputa o título brasileiro STU 2022 - Julio Detefon/ CBSK - Divulgação
A skatista maranhense Rayssa Leal que disputa o título brasileiro STU 2022 Imagem: Julio Detefon/ CBSK - Divulgação

Colunista do UOL

18/09/2022 13h58

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Com sol de 28 graus, e sensação térmica de 30 graus, as finais do Brasileiro de skate no STU National em Recife, serviram de laboratório para o STU Open, evento internacional a se realizar em outubro no Rio de Janeiro, e para coroar a soberania de Rayssa Leal no street feminino.

Dentro desse "caldeirão" de concreto, novos campeões brasileiros foram revelados neste domingo, sendo que dois ídolos provaram que estão prontos para competir de igual para igual com os melhores do mundo: a "imperatriz" do street Rayssa Leal, e o "rei" do park e overall Luiz Francisco, o Luizinho.

Rayssa, que venceu a etapa, não ganhou o título brasileiro, que ficou com Gabi Mazetto (devido a pontuação de outras duas etapas), mas andou como rainha, de forma perfeita, tranquila, serena, e fez uma completa seleção de manobras com flips no corrimão, de uma forma imbatível.

Rayssa é prata da casa literalmente, desde o segundo lugar nas Olimpíadas no Japão, a trajetória vitoriosa e animada de Rayssa continua contagiante e tem toda condição de buscar excelentes resultados no evento do Rio, que estava planejado para ser Mundial, mas deixou de ser homologado pela World Skate há duas semanas, e exigiu a mudança de nome para STU Open.

Mesmo assim, atletas e organizadores estavam preparados para este evento internacional na Barra da Tijuca, e irá contar com os maiores nomes do skate mundial de 20 países e a maior premiação de todos os tempos - US$ 500 mil (cerca de R$ 2.7 milhões), o que irá levar o nível do skate ao máximo desde as Olimpíadas.

Isso sem falar que na primeira semana de novembro rolam a grande final da Street League, a Super Coroa, também no Rio de Janeiro, o que eleva ainda mais a pressão sobre os competidores de street.

Sem esquecer que ainda temos a bicampeã da Street League Pamela Rosa, que não corre o campeonato brasileiro, nem Leticia Bufoni, que também podem participar dos eventos do Rio para engrossar o caldo dos brasileiros no Mundial, que não será oficialmente Mundial.

As finais do Brasileiro em Recife serviram para aclamar o talento glorioso de Rayssa, mas também do formidável Luizinho, que mesmo com competidores de peso como o carismático Gui Khury, provou que está pronto para encarar de frente qualquer skatista "gringo" na categoria park.

No park feminino, a catarinense Yndy venceu a etapa, mas quem levou o título foi Raicca Ventura, mas mesmo assim, ambas irão precisar de muito mais treinamento e da inserção de manobras-chave como diferentes tipos de 540 em sua rotina, e alguns swith flip varials, se quiserem entrar na disputa por um pódio internacional.

Afinal, terão pela frente a campeã olímpica, a japonesa Sakura Yosozumi, a medalhista de prata, a japonesa Kokona Hiraki, e a carismática britânica Sky Brown que tem uma das rotinas mais altas e fluídas de todo o mundo.

E vale lembrar que todas elas estão um nível acima das brasileiras com facilidade de realizar manobras de alto grau de dificuldade, com os 540, como manobra básica.