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Gladiadores de patins voltam à arena em video game no estilo Rollerball
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Em 2018, em uma sociedade distópica, os países foram substituídos por corporações, que por sua vez controlavam um jogo violento disputado entre duas equipes que se digladiavam até a morte em uma arena circular fechada por grades onde os participantes corriam de patins.
Essa é sinopse da primeira versão do filme Rollerball - Os Gladiadores do Futuro, produzido em 1975 e dirigida por Norman Jewison.
Em 2002, exatos 17 anos depois, o diretor John Mc Tiernan, convocou Chris Klein, Jean Reno, LL Cool J e outras estrelas para fazer um remake do filme que foi um dos maiores fracassos do cinema, tendo custado US$ 75 milhões e arrecadado apenas US$ 25 milhões, mesmo com muita adrenalina e violência, não necessariamente nesta ordem.
Agora 20 anos depois deste fiasco, ou 47 anos após a primeira produção, a desenvolvedora Roll 7 (a mesma que criou o premiado jogo de skate em cartum Olli Olli World) lançou no segundo semestre deste ano o vídeo game Rollerdrome.
Publicado pela Private Division, o vídeo game se baseia na mesma ideia inicial de patinadores fazendo manobras em uma arena em um jogo mortal.
Desta vez, os patins entram em um jogo de tiro de ação, ambientado em um futuro próximo - 2030, em skateparks em diferentes ambientes, onde o jogador tem de patinar na pista fazendo manobras radicais para ganhar munição e continuar atirando em seus adversários para acumular pontos.
Em vez de equipes contra equipes, como era visto nos filmes, no video game é um jogador contra adversários virtuais, vestidos como gladiadores e até robots.
Entre a comunidade de patinadores ouvidos pelo UOL Esporte, o vídeo game ainda era uma novidade, mesmo assim dois praticantes viram e/ou experimentaram o jogo de ação e tiveram opiniões bem semelhantes.
Para o empresário, historiador e patinador Rodrigo Morgado, de 39 anos, "o Rollerdrome tem um formato meio cartum, bem ao estilo Jet Set Radio (e outra versão chamada Jet Rad Radio). Ambos têm essa pegada meio cartunesca onde o cara corre, passa por todo lugar com os patins, mas esses são quad não tem patins inline, e no Rollerdrome são arenas para atirar", contou Rodrigo, que salientou a diferença entre patins tradicionais (os quads) e os em linha (inline) que ele pratica.
"Eu estranhei também que se jogarem vários jogadores ao mesmo tempo não vai rolar essa coisa de câmera lenta (durante as manobras) porque se tiver para você vai ter para os outros também, mas mesmo assim parece ser bem divertidinho", opinou.
Já o patinador Juliano Kessler Wagner, de Porto Alegre, por sua vez, além de gostar de rodinhas, é um fanático por games há muito tempo.
Juliano disse que costuma jogar desde que surgiram os primeiros vídeo games no Brasil, tem um Atari e outros 17 games, e atualmente utiliza um Play Station 5, orgulhoso dos seus equipamentos.
Para Juliano, que jogou Rollerdrome recentemente - (quando veio de graça na PSN - Play Station Network), considera que "é um jogo de roller derbi, no estilo skate park com rampas e áreas mais abertas, onde acrescentaram elementos de primeira pessoa, de tiro, mas você joga em terceira pessoa e pontua fazendo manobras e atacando os outros adversários", simplifica.
Para o patinador expert em games, "a física do jogo esta muito boa, a dinâmica também é legal, eu mesmo joguei de duas a três horas, mas não chegou a me empolgar, talvez um dia eu volte a revisitar, se for para dar uma nota eu daria um solido 6, mas não gastaria dinheiro para comprar", avalia de uma forma critica.
"Por mim, eu prefiro fazer manobras nos patins do que jogar nos games", finaliza o patinador gaúcho.
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