GP da China está ameaçado após recomendação para que britânicos não viajem
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A Federação Internacional de Automobilismo anunciou nesta quinta-feira (30) que está monitorando a evolução do coronavírus, que ameaça a realização da etapa da Fórmula E, marcada para dia 23 de março na ilha de Sanya, e principalmente a Fórmula 1, que está marcada para dia 19 de abril, mas seria realizada em Xangai.
A Liberty Media, que controla os direitos comerciais da Fórmula 1, também está observando a situação de perto. Se o GP da Fórmula 1 estivesse marcado para as próximas semanas, por exemplo, muito provavelmente seria cancelado, uma vez que um fator importante é a recomendação do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido. No momento, o órgão recomenda "evitar viajar para a região de Wuhan [principal foco da doença] a qualquer custo e evitar qualquer viagem que não seja essencial para o restante da China continental, excluindo Hong Kong e Macau". Existe ainda a observação de que o governo britânico acredita que os portos de saída da China poderão ser fechados em breve, e alerta que é possível que seus cidadãos fiquem presos no país por conta disso.
Após o alerta ser aumentado, a British Airways anunciou o cancelamento de todos os voos para a China por um mês.
Isso significa que a maioria das equipes - sete das 10 que formam o grid são baseadas na Inglaterra - teria problemas com suas apólices de seguro caso a Fórmula 1 decidisse seguir adiante com a corrida. Há ainda uma equipe baseada na Suíça e duas na Itália. Nestes países, o nível de alerta só está alto para a região de Wuhan até o momento. Mas isso pode mudar dependendo da evolução do vírus.
Além da China, outros dois países entre os que recebem as quatro primeiras etapas da Fórmula 1 já têm casos confirmados - Austrália, etapa de abertura, e Vietnã, que receberá a categoria duas semanas antes da data marcada para o GP chinês. Em Hanoi, inclusive, já foi confirmada uma transmissão dentro do país, de um homem que veio de Wuhan e contagiou o neto.
No caso da Fórmula E, o fato da prova ser realizada na ilha de Sanya, ao sul do país e perto da costa vietnamita, pode fazer com que o evento seja tratado de forma diferente, uma vez que o local não aparece, pelo menos por enquanto, entre os que representam risco. A categoria já teve de tirar Hong Kong do calendário desta temporada devido às tensões políticas com a China.
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