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Equipe Mercedes anuncia nova parceria e indica permanência na Fórmula 1

Lewis Hamilton venceu cinco dos últimos seis campeonatos com a Mercedes - Clive Mason/Getty Images
Lewis Hamilton venceu cinco dos últimos seis campeonatos com a Mercedes Imagem: Clive Mason/Getty Images

Colunista do UOL

05/02/2020 10h18

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Dias depois de circularem os rumores de que a equipe Mercedes estaria considerando deixar a Fórmula 1 depois de vencer seis campeonatos seguidos de pilotos e construtores, algo inédito na história da categoria, são vários os sinais de que isso não vai se confirmar. Nesta quarta-feira (05), o time anunciou uma "parceria plurianual" com a empresa de comunicações e tecnologia de dados AMD.

O anúncio ocorre depois que a antiga parceira da Mercedes no setor, a Tata Communications, decidiu não renovar seus contratos com a Fórmula 1 no final do ano passado, e indica a continuidade do projeto para além de 2020.

A presença das atuais 10 equipes está 100% confirmada para a temporada que começa em março. Porém, nenhuma delas confirmou ter assinado o contrato para permanecer na F-1 além de 2020. Ao contrário do que se tornou praxe na categoria nas últimas décadas, não se espera a assinatura de um pacto entre todas as equipes - o que ficou conhecido ao longo dos anos como Pacto da Concórdia, uma vez que a assinatura era feita na sede da Federação Internacional de Automobilismo, que fica na Place de la Concorde, em Paris. As equipes receberam a primeira versão do novo contrato após a finalização das regras de 2021, no final de outubro do ano passado, e desde então estão negociando unilateralmente seus contratos com a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F1.

No caso específico da Mercedes, em que pese os rumores sobre a possibilidade de venda da equipe e a permanência da Mercedes como fornecedora de motores a partir de 2021, algo que surgiu devido ao prazo dos contratos tanto da equipe com a F1, quanto dos pilotos e do chefe Toto Wolff, como também pelo recente investimento na categoria elétrica F-E, alguns fatores levam a crer justamente no contrário do que foi publicado pelos sites RaceFans e Autocar.

A fábrica da equipe em Brackley está sendo atualizada, muito provavelmente para evitar gastos mais adiante, quando entra em vigor na F1 um teto de gastos de 175 milhões de dólares por ano, excetuando-se alguns gastos, como os principais salários e despesas com marketing. E o próprio time já está trabalhando para diversificar suas atividades, provendo tecnologias para outras áreas, como o ciclismo e, com isso, desinflar a equipe de F-1 em si, algo fundamental para um time que hoje tem quase 1000 funcionários entrar dentro do teto orçamentário, que será implementado a partir de 2021. No caso da Mercedes, os cortes anuais serão de cerca da metade do que é gasto hoje.

Outro ponto em evolução é o projeto de tornar a fábrica mais sustentável, zerando as emissões de carbono, em plano que será anunciado em detalhes no mês que vem e que compactua com o projeto de sustentabilidade da própria F-1, que pretende zerar suas emissões de carbono - incluindo até as viagens dos torcedores - até 2030.

Espera-se uma posição mais assertiva da Mercedes durante o lançamento de seu carro para 2020, que será dia 14 de fevereiro na Inglaterra, sem a presença da imprensa. Em Silverstone, Valtteri Bottas fará o shakedown, um curto teste para checar os sistemas do carro, que depois será enviado para Barcelona, na Espanha, onde os testes de pré-temporada começam dia 19 de fevereiro.