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F-1 toma mais uma série de medidas para frear impacto do covid-19. Entenda

Hamilton e Bottas dividem curva logo depois da largada - Andrej ISAKOVIC / AFP
Hamilton e Bottas dividem curva logo depois da largada Imagem: Andrej ISAKOVIC / AFP

Colunista do UOL

31/03/2020 09h52

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A Federação Internacional de Automobilismo anunciou medidas para absorver o impactos econômicos da pandemia de coronavírus na Fórmula 1. A categoria está parada no momento e já teve uma série de etapas canceladas ou adiadas. Pelo menos no momento, o campeonato, que deveria ter começado dia 15 de março, só deve ser iniciado no GP do Canadá, em meados de junho, e a Liberty Media, que detém os direitos comerciais do esporte, admite que o campeonato pode ter de 15 a 18 corridas, menos que as 22 previstas.

As medidas anunciadas nesta terça-feira pela FIA representam um passo além do que havia sido anunciado anteriormente - manutenção do mesmo regulamento em 2021, adoção do teto orçamentário sendo mantida para o ano que vem mesmo com o novo regulamento ficando para 2022, restrições do desenvolvimento dos carros de 2022 até fevereiro do ano que vem e fechamento obrigatório das fábricas mais longo:

- Mudança da programação do fim de semana facilitada: Uma das saídas para conseguir fazer mais etapas no final do ano é diminuir a programação dos finais de semana de corrida, atualmente com três dias. Para fazer essas alterações, agora a FIA só vai precisar de 60% dos votos das equipes. Antes, eram necessários 100%.

- Banimento dos testes de pneus: isso era algo esperado porque os compostos já tinham sido mantidos do ano passado para este e, como o regulamento dos carros permanecerá o mesmo em 2021, também não faria sentido mudar os pneus. A grande mudança ficará para 2022, quando serão adotados pneus de 18 polegadas ao invés dos atuais, de 13. A Pirelli já havia dito que voltaria a testar os novos pneus apenas em 2021.

- Fechamento das fábricas de motores por 3 semanas: Tal fechamento era previsto apenas para as fábricas das equipes e agora é estendido para os quatro fabricantes de motores. É esperado que a homologação de novos motores ao longo da temporada também seja suspensa, ou seja, as montadoras não vão poder desenvolver o motor ao longo da temporada, decisão que entrou na mesa de discussões para baixar os custos. Somente melhorias relacionadas à confiabilidade serão permitidas.

- Se o calendário tiver 14 ou menos provas, cada piloto só poderá usar dois motores: Atualmente, o limite é três para 22 GPs, então tecnicamente isso não seria um grande desafio para os times. Cada motor custa cerca de 15 milhões de dólares para os times clientes.

- Opção de um dia de teste para novatos ao invés de três ao final da temporada: Essa medida é ruim para os jovens pilotos, mas é necessária para acomodar mais provas na parte final do ano. Geralmente, este teste é feito depois do GP de Abu Dhabi, mas é muito provável que o campeonato se estenda até o início de 2021 para que a Liberty consiga fazer as pelo menos 15 etapas que deseja.

A FIA também esclareceu que o dispositivo DAS, criado pela Mercedes e que estava banido para 2021, continua não sendo permitido mesmo com a continuidade do projeto dos carros.

Com o Reino Unido, onde estão localizadas a maioria das fábricas, apontando que vai aumentar as restrições ao movimento de pessoas nas próximas semanas, e a Itália, onde ficam Ferrari e AlphaTauri, prorrogando o isolamento total, os chefes de equipe vão fazer outra teleconferência daqui duas semanas para determinar se as fábricas precisarão permanecer fechadas. Além de estarem em acordo com as leis dos respectivos países, outra grande preocupação dos times é com a saúde financeira da categoria, seriamente atingida pela não realização das provas.

Até o momento, os GPs da Austrália e de Mônaco foram cancelados, enquanto as etapas do Bahrein, Vietnã, China, Holanda e Azerbaijão aguardam datas de remarcação.