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Circuito esquecido pela F1 vira abrigo para quarentena do covid-19 na Índia

27.out.2013 - Brasileiro Felipe Massa saltou da quinta para a segunda posição ainda na primeira volta do GP da Índia - Manan Vatsyayana / AFP
27.out.2013 - Brasileiro Felipe Massa saltou da quinta para a segunda posição ainda na primeira volta do GP da Índia Imagem: Manan Vatsyayana / AFP

Colunista do UOL

03/04/2020 04h00

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O GP da Índia desapareceu do calendário depois de apenas três corridas, disputadas entre 2011 e 2013, e provavelmente só deixou saudades para Sebastian Vettel, que venceu todas as três etapas. Mas a pista agora está sendo usada para ajudar a combater o coronavírus.

A pista estava fechada há pouco mais de um mês por dívidas que somaram 80 milhões de dólares, e agora servirá como base de quarentena para trabalhadores que desejarem migrar de volta de Nova Delhi para suas cidades natais.

Controlar o movimento destas pessoas tem sido o grande desafio para as autoridades locais depois de imposição de isolamento da população por 21 dias, começando em 25 de março. Desde então, parte da população da cidade, que é de 19 milhões de pessoas, tem lotado ônibus para tentar ficar com seus familiares.

Ainda que a Índia, um dos países mais populosos do planeta, tenha registrado menos de 2000 casos até o momento, há a suspeita de que o número seja muito maior. E, como há o risco de que a capital Delhi tenha o maior número de infectados, o governo tem estudado soluções para evitar que a população vá para o interior e espalhe a doença. Por conta disso, a Jaypee Sports City, da qual o circuito faz parte, está servindo como abrigo temporário até que o período de isolamento termine, dia 14 de abril. A expectativa das autoridades locais é de que 5.000 pessoas possam ser acomodadas no circuito.

O circuito foi construído especialmente para a F-1, mas problemas de pagamento e o fato do governo local ter classificado o evento como de entretenimento ao invés de esportivo - o que significava o pagamento de impostos - fez com que a categoria deixasse de ir ao país. De 2013 para cá, o circuito seguiu sendo usado em categorias locais, mas nunca conseguiu cobrir os custos de sua construção.