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Começando na Áustria, F-1 revela planos de fazer 15 a 18 GPs até dezembro

Vista aérea do circuito de Red Bull Ring - Matthias Heschl/Red Bull Content Pool
Vista aérea do circuito de Red Bull Ring Imagem: Matthias Heschl/Red Bull Content Pool

Colunista do UOL

27/04/2020 07h20

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Como adiantado pelo UOL Esporte na semana passada, a F-1 tem planos adiantados para iniciar sua temporada com duas corridas na Áustria, nos dias 5 e 12 de julho, sem a presença de torcida. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo CEO da categoria, Chase Carey. A ideia é fazer os primeiros meses na Europa, em corridas que permitam o deslocamento por terra do equipamento. "Em setembro, outubro e novembro, devemos correr na Eurásia, Ásia e nas Américas, terminando a temporada no Golfo Pérsico em dezembro com o GP do Bahrein e o tradicional final de temporada em Abu Dhabi, tendo completado de 15 a 18 corridas."

A confirmação dos planos de iniciar o campeonato, que estava marcado para começar em março, com o GP da Áustria em julho veio depois que o GP da França foi cancelado, juntando-se às etapas da Austrália e de Mônaco. As corridas do Bahrein, Vietnã, China, Espanha, Holanda, Canadá e Azerbaijão haviam sido adiadas. Segundo apurou o UOL Esporte, as três primeiras e o GP em Baku são as que têm mais chances de serem remarcadas neste ano.

Outro anúncio feito nesta segunda-feira veio dos organizadores do GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, confirmando que sua etapa também será realizada sem torcedores. Os britânicos pleiteiam receber duas ou três provas, na sequência das etapas da Áustria, mas ainda não chegaram a um acordo financeiro com a F-1.

Carey confirmou ainda a informação de que a temporada começará com corridas sem a presença de torcida, salientando que a F-1 espera "contar com a presença de fãs nas corridas que serão disputadas ao longo do campeonato. Ainda precisamos entender várias questões sobre como procedimentos para as equipes e nossos parceiros entrarem e sairem dos países. A saúde e segurança de todos os envolvidos continua sendo nossa prioridade."

Carey destacou ainda os "esforços heroicos" das equipes no desenvolvimento de ventiladores mais baratos e simples na luta contra o coronavírus, ao mesmo tempo em que os times "estão trabalhando" da Liberty Media, que comanda os direitos comerciais da F-1, e da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para viabilizar a disputa da temporada.

O CEO se refere à operação que está sendo montada junto dos times para que seja possível realizar etapas já em julho.

O restante do calendário deve ser anunciado na próxima semana, ainda que vários pontos sigam em aberto.

O plano é que, no máximo, 1000 profissionais participem do evento, o que representa cerca de um quarto do número de pessoas que normalmente se deslocam para as provas ao redor do mundo. E todos eles serão testados para que a categoria se certifique de que não está carregando consigo o coronavírus.

Ainda assim, estes profissionais teriam seu trajeto restrito do hotel para a pista, como se estivessem em quarentena. Eles vão permanecer neste esquema nos arredores do Red Bull Ring por cerca de duas semanas para que as duas provas, em finais de semana seguidos, sejam realizadas.

O projeto teria o apoio do governo austríaco, mas a confirmação definitiva depende da evolução do coronavírus não só no país, como nos vizinhos, uma vez que o transporte dos carros e equipamentos seria feito com caminhões vindos das sedes das equipes, localizadas na Inglaterra, Itália e Suíça. No entanto, o UOL Esporte apurou que as equipes consideram o período de três semanas suficientes para serem notificadas do início da temporada, ou seja, a categoria pode esperar até o início de junho para ter o sinal verde das autoridades.

O número mínimo de 15 GPs citado já desde o mês passado por Carey também não é coincidência: é o mesmo que garente a validade dos contratos de direitos de transmissão, Já o máximo de 18 corridas quer dizer que a F-1 trabalha com pelo menos mais um cancelamento, uma vez que o calendário inicial previa 22 provas.