Senna: como estão 15 personagens do último GP do tricampeão após 26 anos
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A morte de Ayrton Senna no GP de San Marino de 1994 fez o 1º de maio ficar para sempre marcado na história da Fórmula 1. Mas, 26 anos depois, são poucos os personagens daquele domingo em Imola, na Itália, que continuam presentes no dia-a-dia da categoria.
De uma vida tranquila em uma fazenda de café no interior de São Paulo a problemas com a justiça, vejam por onde andam aqueles que estiveram envolvidos de certa forma com Senna e com o final de semana mais trágico da F1, em que o austríaco Roland Ratzenberger também perdeu a vida, no sábado, e em que Rubens Barrichello teve um gravíssimo acidente na sexta-feira. A coluna preparou imagens de "antes e depois" de alguns deles.
Damon Hill - companheiro de Senna
Hill estava iniciando sua terceira temporada na Fórmula 1 e a segunda na Williams, e se viu assumindo a liderança do time com a morte de Senna. Ele lutou pelo título daquele ano até a última corrida, e foi campeão dois anos depois. Encerrou a carreira em 1999 e hoje é comentarista de F1 na TV britânica.
Frank Williams - dono da equipe
Viu a Williams voltar a conquistar títulos em 96 e 97 depois da queda do início de 1994 devido a mudanças no regulamento. Porém, com o investimento cada vez maior das montadoras, times independentes como a Williams perderam terreno. Frank, que completou 78 anos em abril, segue oficialmente como chefe da equipe, mas é sua filha, Claire, quem comanda a equipe no dia-a-dia desde 2012.
Patrick Head - diretor técnico da Williams
Parceiro de Frank Williams desde a fundação da equipe, Head [à direita na primeira foto] foi de diretor-técnico para diretor de engenharia em 2004 e depois deixou a equipe em 2012, tendo tido funções em outras partes da empresa e hoje é consultor do time. Assim como Frank Williams, ganhou título de nobreza pelos serviços prestados ao esporte britânico.
David Brown - engenheiro de pista de Senna
Famoso por ter trabalhado com grandes pilotos, como Prost e Mansell, Brown esteve na Williams de 1981 até 1995. Após a morte de Senna, que, segundo o engenheiro, tinha "a personalidade mais complexa" que ele já tinha visto, tornou-se engenheiro de Hill. Em 1996, foi para a McLaren trabalhar com David Coulthard, e depois mudou-se para a Jordan antes de deixar a F1 em 2002. Seguiu trabalhando em campeonatos de GT como engenheiro.
Adrian Newey - projetista da Williams
Considerado o melhor projetista da história da Fórmula 1, Newey permaneceu na Williams até 1997, indo para a McLaren. Para lá, levou seu sucesso: o time venceu os campeonatos de 98 e 99. Mas sua carreira em Woking foi cheia de altos e baixos e ele deixou a equipe em 2005, para se juntar à Red Bull, time no qual foi campeão por outras quatro vezes — de 2010 a 2013 — e em que permanece até hoje.
Roland Bruynseraede - diretor da prova
O belga foi inspetor de segurança e diretor de provas da FIA na Fórmula 1 entre 1987 e 1995. Após deixar o cargo, trabalhou em outras categorias na mesma função, até ser demitido da DTM depois que houve um erro no acionamento do Safety Car, em 2007. Bruynseraede tem 80 anos.
Jo Ramírez - coordenador da McLaren e amigo de Senna
Um dos grandes amigos de Senna no paddock da F1, o mexicano Ramírez permaneceu na McLaren até 2001, tendo completado mais de 40 anos de carreira na categoria. De volta ao México, ajudou na carreira de pilotos como Adrian Fernandez e Sergio Perez, além de participado de diversas corridas de carros históricos, incluindo etapas da Carrera Panamericana. Hoje aposentado, costuma aparecer em Grandes Prêmios como convidado.
Nuno Cobra - preparador físico de Senna
Senna ficou conhecido como um dos primeiros pilotos que levou a sério a preparação física e sua parceria com Cobra teve grande influência nisso. Cobra trabalhou com vários pilotos e outros esportistas depois da morte de Senna, inclusive com o campeão mundial Mika Hakkinen. Chegou a ser preso sob acusação de assédio sexual em 2017, mas foi solto e segue trabalhando no ramo de atividade física, aos 81 anos.
Bernie Ecclestone - dono da F1
O ex-chefe de equipe que se tornou detentor dos direitos comerciais (e transformou a Fórmula 1) vendeu o esporte no final de 2016 e, desde então, se dedica à fazenda de café onde passa a maior parte do tempo no interior de São Paulo, em Amparo. O britânico, hoje com 89 anos, casou-se com a brasileira Fabiana Flosi, que foi diretora de marketing do GP Brasil. Eles esperam o primeiro filho.
Max Mosley - presidente da FIA
O britânico tinha acabado de assumir a presidência da Federação Internacional de Automobilismo em 1994, após a saída do desafeto de Senna, Jean-Marie Balestre. Mosley ficou no poder por quatro mandatos até se tornar o centro de um escândalo quando fotos suas em uma orgia sadomasoquista de temática nazista vazaram na imprensa. Mosley é filho do líder da União Britânica de Fascistas dos anos 1930, Oswald Mosley. Nos últimos anos, ele seguiu tendo problemas com a mídia, após a descoberta de um texto seu dos anos 1960 ligando o aumento de doenças na Inglaterra à imigração de negros.
Sid Watkins - médico que atendeu Senna
O neurocirurgião que revolucionou os padrões de segurança na Fórmula 1 se manteve no cargo de médico oficial da categoria. Até 2004, era Watkins que prestava os primeiros socorros em caso de acidente, estando a bordo do carro médico, conceito criado por ele. Após se aposentar das pistas, ele continuou na presidência do Instituto Médico da FIA. Watkins morreu com um ataque do coração em 2012, aos 84 anos.
Roberto Cabrini - repórter da F1 na Globo
O repórter que deu a notícia da morte de Senna na Rede Globo e que cobriu diversas guerras, recebendo vários prêmios, saiu da emissora em 2000, e teve passagens pelo SBT, Band e Record antes de retornar ao SBT, onde hoje apresenta o "Conexão Repórter". Galvão Bueno narrava aquela corrida pela TV Globo, com Reginaldo Leme nos comentários. Reginaldo deixou a Rede Globo ano passado e continua trabalhando com automobilismo.
JJ Lehto...
...e Pedro Lamy - pilotos
Foram os dois que se envolveram no acidente que causou um Safety Car no início da prova. A batida fatal de Senna foi na relargada deste acidente. O finlandês JJ Lehto encerrou sua carreira na F1 no final de 1994 e depois teve bastante sucesso nas corridas de endurance, sendo vencedor das 24h de Le Mans em 95 e 2005. Lehto chegou a ser condenado a dois anos de prisão por homicídio após se envolver em um acidente de barco, mas conseguiu reverter o julgamento e hoje é comentarista de F1 na TV finlandesa. Já o português Pedro Lamy correu na F1 até o final de 1996 e, aos 48 anos, pilota até hoje em provas de endurance.
Nicola Larini - segundo colocado no GP de San Marino
O italiano teve seu único pódio na carreira na F1 justamente na corrida que ficou marcada pela morte de Senna, quando substituiu Jean Alesi, que tinha sofrido um grave acidente em um teste. Foi segundo, quase um minuto atrás do vencedor Michael Schumacher, e chegou na frente de Mika Hakkinen. Ele só voltaria ao grid da F1 em 1997, quando fez cinco provas pela Sauber, sendo demitido após se desentender com o dono da equipe, Peter Sauber. Aos 56 anos, participa ocasionalmente de provas de turismo.
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