"Acorde", diz Hamilton para chefe de Max após 'provocação' sobre ativismo
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Lewis Hamilton voltou a usar as mídias sociais para mandar seu recado sobre a luta contra o racismo, desta vez respondendo à suposta provocação do consultor da Red Bull, Helmut Marko. A reação aconteceu depois de o inglês ter acreditado que o austríaco teria diminuído o fato dele estar engajado na causa, questionando se isso não o distrai na preparação para o campeonato, que começa dia 5 de julho, na Áustria. Depois do mal entendido, o piloto deletou sua mensagem.
"Enquanto alguns pilotos estão distraídos, falando sobre quais vidas importam, a única coisa que importa para Max é o campeonato. O treinamento dele tem sido otimizado e ele está pronto para começar", foi a frase que Hamilton acreditou que teria dito o consultor da Red Bull à TV alemã RTL. No entanto, a frase foi modificada. Marko não usou o termo 'distraído' ao falar sobre Hamilton, apenas disse que pilotos diferentes reagiram de formas distintas neste período sem corridas devido ao cornavírus.
Sem saber qual era a frase original, Hamilton respondeu questionando se o racismo que sofreu, e ainda sofre, na vida e na carreira não seriam as verdadeiras distrações desnecessárias.
"Helmut, me deixa muito triste saber que você pensa que lutar pelo tratamento igual às pessoas negras uma distração. Estou realmente ofendido. A distração para mim foi ver fãs indo para as arquibancadas com os rostos pintados de preto para provocar minha família durante corridas [o episódio aconteceu na Espanha, em 2008]. Uma distração para mim foi a adversidade desnecessária e adicional e a maneira injusta como fui tratado quando era criança, adolescente, e até mesmo agora, devido à cor da minha pele. Espero que isso deixe claro para as poucas pessoas de cor que você tem em sua equipe acerca das suas prioridades e de como você os vê. Acorde. O automobilismo precisa mudar."
Marko é conhecido pelos comentários ácidos e ideias polêmicas. Foi ele quem sugeriu que os pilotos da Red Bull e da AlphaTauri fizessem o que chamou de um "acampamento de corona", a fim de que contraírem coronavírus para ganharem imunidade.
Já Hamilton tem pressionado o mundo do automobilismo a reagir em relação às manifestações contra o racismo que estão acontecendo principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Há tempos o piloto, que foi o primeiro negro a disputar um GP na categoria, cobra o esporte para que seja mais inclusivo.
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