Hamilton cobra minorias na F1 e valoriza Mercedes em atos antirracistas
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Após intervalo de mais de três meses, o primeiro grande prêmio de Fórmula 1 da temporada 2020 finalmente está em vias de ocorrer: será no domingo (5), às 10h10, na Áustria. A três dias da corrida, o hexacampeão Lewis Hamilton concedeu longa entrevista, novamente se posicionou sobre a falta de diversidade étnica no paddock e cobrou posicionamentos antirracistas de outras equipes, como aconteceu com a Mercedes - a equipe até mudou a pintura do carro para chamar atenção à diversidade.
Desde a morte de George Floyd nos Estados Unidos, em maio, o mundo acompanha mobilizações contra o racismo. O próprio Hamilton tem influenciado discussões sobre preconceito e desigualdade em suas redes sociais, citando até mesmo o silêncio do universo do automobilismo.
"Foram meses importantes para eu refletir sobre coisas que também são superimportantes e que acabam ficando para trás quando você está focando mais no trabalho. É uma pena que tenha sido necessária a morte de outro homem nos Estados Unidos para iniciar tudo o que tem acontecido e dar a plataforma para as pessoas se atentarem a isso. Eu passei muito tempo me informando para estar atualizado sobre tudo o que aconteceu no passado e está acontecendo no presente", afirmou o piloto.
Hamilton cobra proatividade da Fórmula 1 na discussão: "É positivo que as pessoas tenham reagido, mas queria que elas fossem mais proativas. Acho que a F1 em si tem sido ótima e fiquei muito tempo discutindo esses assuntos em reuniões via Zoom, falando sobre como podemos seguir adiante. E passei muito tempo no telefone com o pessoal da Mercedes discutindo como poderíamos mudar o foco para igualdade e inclusão. Mas houve muita gente que postou alguma coisa, mas não fez nada mais que isso. Definitivamente, não ouvi nada em relação às outras equipes e minha chamada foi para todos na indústria."
Há tantos empregos aqui e tantas oportunidades, mas pouco é voltado para as minorias. Há muito que precisa ser feito e isso é só o começo. Não vou parar de pressionar até que consigamos ver mudanças. Adicionar uma pessoa de cor ao paddock não é diversidade. Precisamos ir fundo e trabalhar juntos para conseguirmos mudar isso.
"Tudo começa com educação. É difícil mudar? Não sei. Acredito que cada um tenha sua opinião sobre qual o problema e porque não temos muita diversidade aqui, mas prefiro lidar com fatos que nos mostrem o porquê e como mudar isso. Temos de lutar juntos. Tem de ser sustentável. Não é suficiente postar algo e voltar à vida normal."
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