Querendo "desafiar os 3 primeiros", Racing Point pode brigar com a Ferrari
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Do lado da Ferrari, Charles Leclerc admitiu ter "99%" de certeza que o rendimento será pior do que no ano passado, depois que o time descobriu falhas importantes em seus dados nos testes de pré-temporada. Do lado da Racing Point, Sergio Perez chegou à etapa de abertura do campeonato, na Áustria, esbanjando confiança e dizendo que mira em "desafiar as três primeiras equipes", o que consideraria "um bom começo" para a equipe.
Mas será possível mesmo que a Racing Point comece o ano na frente da poderosa Ferrari? Se os dados da pré-temporada, que foi realizada em fevereiro, antes que o coronavírus provocasse uma série de cancelamentos e adiamentos, servir de parâmetro, a briga promete ser apertada. Mas a Scuderia tem um problema importante: seu carro será exatamente igual ao de fevereiro, como explicou o chefe Mattia Binotto.
"A verdade é que os testes fizeram com que nós mudássemos significativamente a direção em termos de desenvolvimento, especialmente na parte aerodinâmica. Primeiramente, tivemos que entender por que não vimos os resultados que esperávamos e o quanto tínhamos que recalibrar o programa como um todo. Então decidimos reavaliar o carro como um todo, sabendo que não estaríamos prontos para a primeira corrida."
Isso quer dizer que as primeiras atualizações da Ferrari devem chegar apenas na terceira prova, na Hungria, motivo pelo qual Leclerc não está muito otimista mesmo com a temporada começando em uma pista na qual ele foi o pole position ano passado e em que lutou pela vitória até as últimas voltas, quando foi ultrapassado por Max Verstappen, da Red Bull.
"Acho que vai ser uma temporada muito desafiadora para nós, definitivamente não será fácil. Ainda temos algumas dúvidas e precisamos esperar para a classificação para termos certeza do que estamos falando, ainda que haja 99% de chance que tenhamos mais dificuldades que ano passado."
Companheiro de Perez, Lance Stroll demonstrou ansiedade para finalmente saber o quão bom é o carro deste ano da Racing Point, em grande parte inspirado no modelo da Mercedes do ano passado, e inclusive produzido com os dados do mesmo túnel de vento.
"Achávamos que estávamos em uma posição muito boa depois do teste e havia uma grande empolgação na nossa equipe. Então foi um golpe quando a primeira corrida foi cancelada", reconheceu Lance Stroll. "Só sei que, quando andei de novo com ele no teste semana passada, logo o sorriso voltou no meu rosto."
Perez, que andou a última vez com o carro em fevereiro, só teme uma melhora dos outros rivais. "Vamos descobrir o quão competitivo o carro realmente é. Nos testes, deu para sentir que o carro tinha muito potencial, mas faz tempo. Não sei o quanto as outras equipes conseguiram melhorar seus carros de lá para cá. Eu definitivamente estou me sentindo extremamente positivo e motivado para começar bem a temporada."
E não é só para 2020 que a equipe parece estar bem. Com o investimento de um consórcio comandado pelo pai de Stroll, o bilionário Lawrence Stroll, e a associação à Aston Martin, o que facilita a chegada de novos patrocinadores, a Racing Point (que passará a se chamar também Aston Martin em 2021) promete dar um salto importante nas próximas temporadas, ainda mais depois da decisão da F1 de antecipar o teto de gastos e de outras medidas que devem aproximar o rendimento das equipes.
"A equipe está em uma boa posição para o futuro", acredita Perez. "Todo mundo viu o que conseguimos fazer no passado com um orçamento limitado. Todos estão preparados para dar o próximo passo, agora trabalhando com a Aston Martin. Precisa ser um passo bem grande para lutar com as equipes grandes, é verdade, mas com a adoção do teto de gastos, todo mundo deve estar muito mais junto e não tenho dúvidas que teremos chances de desafiá-los."
Os treinos livres para o GP da Áustria começam nesta sexta-feira, e a largada será às 10h10 da manhã do domingo.
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