Max arrisca com pneus e Mercedes teme por pintura: o que esperar do GP
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O forte calor esperado para este domingo no circuito Red Bull Ring, palco da primeira etapa do calendário da Fórmula 1, promete se tornar um protagonista importante na corrida que começa às 10h10, pelo horário de Brasília. Do lado da Mercedes, o chefe da equipe, Toto Wolff, admitiu que o time não tem dados concretos sobre como a pintura escura do carro pode afetar os componentes, e a estratégia diferente adotada por Max Verstappen busca tirar proveito justamente das altas temperaturas para tentar bater o pole Valtteri Bottas e o segundo colocado no grid, Lewis Hamilton, que demonstraram um ritmo arrebatador até aqui.
Pintura pode dar dor de cabeça à Mercedes
O time decidiu trocar o prateado pelo preto como forma de apoiar a luta contra o racismo, na qual sua estrela Lewis Hamilton está bastante engajado. Mas seu chefe, Toto Wolff, admitiu que isso vai levar o time a um caminho desconhecido neste domingo, quando os termômetros podem passar dos 30ºC. Afinal, as referências práticas da Mercedes para sequências mais longas de volta até o momento são dos treinos livres, com cerca de 10ºC a menos. "Fizemos nossos cálculos para uma situação como a que devemos ter na corrida, com temperatura perto de 30 graus. E vamos ver se as nossas simulações feitas com nosso carro prateado valem também para o carro preto. É algo desconhecido para nós." Na Áustria, a altitude, uma das três maiores do campeonato, já causa problemas para o arrefecimento de freios e motor.
Verstappen aposta em estratégia diferente
Foi justamente pensando no aumento das temperaturas e sabendo que o ritmo de corrida da Mercedes é muito melhor (as simulações de corrida mostram até meio segundo por volta de vantagem) que a Red Bull decidiu arriscar colocar Max Verstappen em uma estratégia diferente. Ele vai largar com o pneu médio, enquanto todos os demais no top 10 saem com os macios. Assim, ele corre risco de não ter tanta tração nos primeiros metros e ter um ritmo mais lento nas primeiras voltas, mas busca lucrar depois, mantendo um bom ritmo quando os demais estiverem sofrendo com o desgaste dos pneus macios, que inclusive deve ser mais acentuado devido ao calor. "Não tenho nada a perder", disse o holandês.
As Ferrari podem se recuperar?
Quando ouviu que tinha escapado por pouco da eliminação na segunda parte da classificação, Charles Leclerc exclamou: "Isso é inacreditável!". A Ferrari levou um banho de água fria na primeira vez em que foi possível comparar diretamente seu ritmo com os demais, e a sétima e 11ª colocações no grid estão aquém até das previsões pessimistas da equipe. O ritmo de corrida demonstrado nos treinos livres, no entanto, aponta para uma recuperação: eles devem ser mais velozes que a Renault e as McLaren que largam à frente, mas é difícil esperar mais do que isso. Pelo menos Vettel tem opção de largar com um pneu mais duro, já que é o primeiro que larga fora do top 10, e isso tem tudo para ser uma vantagem importante, uma vez que o calor aponta para uma maior degradação do pneu macio dos rivais que largam a sua frente.
O fator Norris
O piloto da McLaren larga em quarto, sua melhor posição na carreira, e admite que não esperava um resultado tão bom. Na verdade, achava que sua luta seria para entrar entre os 10 primeiros. "Não esperava ver os carros cor-de-rosa atrás de mim. Mas eles e os carros vermelhos são mais rápidos do que nós em ritmo de corrida, então pode ser uma corrida difícil, especialmente porque deve fazer muito calor." Norris se refere aos carros da Racing Point e da Ferrari, que largam sexto, sétimo, nono e 11º. Além destas duas equipes, Daniel Ricciardo, da Renault, que larga em 10º, também saiu da classificação dizendo que o carro mereceria estar mais à frente. Com Norris segurando esse pelotão, a briga promete ser forte.
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