Hamilton diz se afastar de política em luta antirracista: "Busco igualdade"
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Depois de agradecer aos 13 pilotos que se juntaram a ele optando por ajoelhar-se durante a manifestação contra o racismo feita logo antes da largada da primeira corrida do ano na temporada da Fórmula 1, no domingo, Lewis Hamilton explicou que quer distanciar-se do uso político do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, inglês) e focar somente na busca por maior igualdade.
O hexacampeão da Fórmula 1, que foi o primeiro negro a disputar um GP da categoria, optou por uma camiseta com os dizeres Black Lives Matter ao invés da que dizia "Acabar com o Racismo" (End Racism), fornecida pela F1, para se manifestar no grid do GP da Áustria. Mas deixou claro que isso não quer dizer que esteja ligado a qualquer apropriação política do movimento.
"Há algumas pessoas falando sobre isso e tornando a questão mais política do que diria que é. Acho que é o movimento na Inglaterra que está mais voltado a esse lado político. Mas acho que as pessoas que vão às manifestações e estão marchando estão lutando por uma causa, que é a igualdade. Não é uma coisa necessariamente política. Quando eu fui aos protestos de Londres, era isso que estávamos fazendo lá. E, quando uso essa camiseta, é isso que estou apoiando."
Hamilton salientou que apoiar o movimento não significa que ele apoie movimentos políticos também associados a ele. "Isso é algo completamente diferente. Então acho importante separar as coisas."
Perguntado sobre demonstrações futuras, Hamilton disse não saber se vai continuar se ajoelhando antes de todas as corridas e revelou que conversou com o jogador de futebol norte-americano Colin Kaepernick, que foi o primeiro a usar esse tipo de manifestação dentro do contexto antirracista em eventos esportivos em 2016 durante a execução do hino dos Estados Unidos. E disse que começou a pensar a copiar o gesto depois que foi aconselhado a não usar um capacete com uma homenagem a Kaepernick durante o GP dos Estados Unidos. Acredita-se que, na época, ele tenha sido aconselhado a não fazê-lo para evitar problemas futuros com a imigração norte-americana.
"Acho que foi muito poderoso o que o Kaepernick fez. E depois ele perdeu o emprego e não conseguiu voltar à NFL, e era um grande atleta", lembrou Hamilton. "Eu inclusive falei com ele um pouco antes do GP dos Estados Unidos, há alguns anos. Eu tinha um capacete com o topo em vermelho e o número dele. Mas, na época, meio que me silenciaram. Pediram que eu recuasse e não o apoiasse, e eu diria que eu me arrependo. Então é importante para mim me certificar que, agora, eu fiz minha parte, e acho que tenho de tentar continuar a fazer isso."
Hamilton terminou o GP da Áustria em quarto lugar, depois de receber duas punições: perdeu três posições no grid por desrespeitar bandeiras amarelas na classificação e depois teve 5s adicionados ao seu tempo final na corrida por um toque com Alex Albon. Com isso, embora tenha cruzado a linha de chegada em segundo, foi classificado em quarto. A segunda corrida da temporada será já neste final de semana, também no circuito de Red Bull Ring.
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