Após chuva embaralhar o grid na F1, saiba o que esperar do GP da Estíria
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A chuva que marcou a classificação para o GP da Estíria não deve se repetir na corrida, que tem largada às 10h10 da manhã deste domingo, pelo horário de Brasília. Mas pelo menos serviu para embaralhar as cartas após grandes performances individuais de pilotos como Carlos Sainz, que fez a melhor classificação da carreira e larga em terceiro com a McLaren, e principalmente George Russell, que colocou a Williams, pior carro do grid, em 11º.
Na frente, Lewis Hamilton vai largar na pole pela 89ª vez na carreira, tendo a seu lado na primeira fila Max Verstappen. Correndo no mesmo circuito Red Bull Ring no último final de semana, a Mercedes foi bem superior à Red Bull, mas Hamilton se viu lutando com o companheiro de Verstappen, Alex Albon, no final da corrida devido à sequência de intervenções do Safety Car na pista, que ocorreram pelas várias quebras que marcaram a estreia da F1. São ingredientes que devem se repetir no segundo GP, que tem ainda outros pontos interessantes:
Talento na chuva colocou carros fora de posição: Pelo menos a Mercedes de Valtteri Bottas, quarto no grid, e a Red Bull de Alex Albon, sexto, têm ritmo mais forte do que a McLaren do terceiro colocado Sainz. E até mesmo a Renault, que larga com Esteban Ocon em quinto e Daniel Ricciardo em oitavo, acredita que está mais forte que os carros laranjas. "Nas simulações da sexta-feira, estávamos a meio segundo da Red Bull e, se isso se repetir, quer dizer que estamos mais fortes que a Ferrari e a McLaren", disse o diretor técnico do time francês, Alan Permane. Outro piloto que está bem fora de posição é George Russell, 11º com o pior carro do grid. A Williams foi 1s9 mais lenta por volta que a Mercedes nos treinos livres, mas o inglês vai tentar se aproveitar da excelente classificação.
Ferrari a caminho de um vexame: O chefe da Scuderia, Mattia Binotto, já havia dito após o GP da Áustria que o time não deveria se iludir com o pódio circunstancial de Charles Leclerc no último domingo. O time chegou a adiantar mudanças que estavam previstas para serem usadas no carro na Hungria, próxima etapa, mas hoje chegou à conclusão que elas não melhoraram o desempenho como esperado. Com Mercedes, Red Bull, Renault, McLaren e Racing Point (que teve uma classificação ruim, mas cujos pilotos devem vir escalando o pelotão) teoricamente mais fortes, é possível que seja difícil o time pontuar dependendo da confiabilidade dos carros. Vettel larga em décimo e Leclerc, em 14º.
Carros ainda pouco confiáveis: O que pode novamente salvar a Ferrari de um vexame é o fato de seu carro ter se mostrado um dos mais confiáveis do grid semana passada. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, disse que há no momento uma corrida na pista e outra virtual, "para ver quem compreende seu equipamento mais rapidamente. É uma corrida dentro da outra." Isso porque a F1 está começando sua temporada com duas corridas no circuito Red Bull Ring, em que é muito mais fácil ver ultrapassagens do que em Melbourne, onde a temporada geralmente começa. Então os times são obrigados a forçar os carros o tempo todo e, como não conhecem o equipamento tão bem e já fizeram modificações em relação aos testes, mais quebras acabam acontecendo. Dito isso, apesar de serem esperados menos problemas do que na semana passada, quando só 11 carros cruzaram a linha de chegada, o temor ainda persiste.
Red Bull melhor do que no GP da Áustria: Se há uma equipe que começou bem essa "corrida dentro da corrida" citada por Wolff é a Red Bull. Verstappen destacou como o carro melhorou em relação à semana passada, e disse acreditar que, desta vez, pode brigar com Hamilton. Já do lado da Mercedes, o time ainda não tem certeza se o problema de vibrações na caixa de câmbio que eles tiveram no domingo passado está totalmente solucionado. "Não andamos o suficiente na sexta-feira para entender isso", disse o diretor técnico, Andrew Shovlin.
Chuva deixou estratégias em aberto: Como a classificação foi no molhado, isso quer dizer que todos os pilotos poderão escolher com qual composto de pneu vão largar. E também quer dizer que os rivais só vão saber sobre a escolha quando eles estiverem prontos para a volta de apresentação. As simulações da Pirelli mostram que largar com o macio e fazer a segunda parte da prova com o duro, ou largar com o médio e pular para o macio são estratégias bem parecidas. E a alta possibilidade de entrada do Safety Car pode ditar as escolhas.
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