Williams fechada e rumores sobre Vettel: novidades da dança da cadeiras
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O anúncio de que a Williams vai manter George Russell e Nicholas Latifi para a temporada 2021 deixou a Mercedes perto de confirmar que Valtteri Bottas também vai ficar ao lado de Lewis Hamilton na temporada que vem. O inglês já indicou diversas vezes que negocia sua renovação, enquanto a vaga do finlandês era ameaçada por Russell, cujo "passe" é dos alemães.
Porém, nesta quinta-feira na Hungria, palco da terceira corrida do ano, Russell confirmou que segue na Williams. "Ficarei com a Williams em 2021. Assinei um contrato de três anos com a equipe e tomara que eu consiga evoluir em relação ao ano passado nesta temporada e fazer o mesmo no ano que vem", disse o piloto de 22 anos.
Depois de uma boa temporada de estreia e de largar da 11ª colocação no grid no final de semana passado, mesmo pilotando o carro mais lento do grid, havia a expectativa de que o time poderia liberá-lo para o ano que vem, caso a Mercedes fizesse uma boa proposta. Mas a equipe decidiu mantê-lo.
"Não estou decepcionado com a Mercedes de jeito nenhum. Claire [Williams, chefe do time] foi muito firme com a decisão dela. A Mercedes fez o que pôde, mas ela não estava pronta para me liberar e, no final das contas, como eu tenho um contrato com a Williams, tenho de respeitar isso."
Já Latifi, que estreou neste ano, foi fundamental para que a equipe pudesse se manter no grid mesmo depois de levar um calote de 25 milhões de dólares da patrocinadora principal. Um empréstimo feito por meio de uma das empresas de seu pai socorreu o time, e ele segue no grid ano que vem.
Com essa definição, Bottas deve ser confirmado na Mercedes, provavelmente com um contrato de apenas um ano, como tem acontecido desde que chegou no time, em 2017. E Hamilton, de 35 anos, deve assinar o que seria seu último contrato na F1.
E o futuro de Vettel?
Na semana passada, Vettel viu as portas fecharem para um retorno à Red Bull e também ouviu uma negativa do chefe da Racing Point, Otmar Szafnauer, que disse que seus dois pilotos, Lance Stroll e Sergio Perez, tinham contrato para o ano que vem. O dirigente, contudo, mudou de postura nos dias seguintes, e teria feito uma proposta para Vettel. Mas o alemão não quis confirmar a informação, apesar de não ter negado que esteja conversando com a equipe.
"Rumores se chamam rumores por um motivo. As coisas não mudaram muito só alguns dias depois da Áustria. Não há novidades. Muitas pessoas estão falando sobre a Racing Point porque eles fizeram duas corridas muito boas neste começo de campeonato. No momento, tudo está em aberto: pilotar ano que vem, ficar de fora e voltar depois ou não pilotar mais. Não me sinto pressionado para tomar uma decisão agora. Não há nada para anunciar ou nada mais concreto para dizer além do fato de que são conversas esparsas."
Apesar dos claros benefícios de se contar com um tetracampeão do mundo em um projeto interessante para o futuro, com o time passando a se chamar Aston Martin a partir do ano que vem, e com uma grande injeção de capital do grupo de investidores comandados pelo pai de Lance, Lawrence Stroll, que comprou o time no meio de 2018, o time tem atualmente o filho do dono em uma das vagas e um piloto muito querido pela equipe por ter sido fundamental para garantir que a equipe seguisse correndo quando teve problemas financeiros antes da venda, e com um contrato até o final de 2022.
"Até onde eu sei, tenho contrato", disse Perez. "As respostas são uma questão de tempo. Vamos ver o que acontece nas próximas semanas. Tenho um contrato e acredito totalmente no futuro da equipe."
Até mesmo o ex-presidente do México, Felipe Calderón, pediu ajuda dos mexicanos para pressionar a Racing Point para manter Perez na categoria:
Mas o mexicano, cuja carreira é marcada pelos vários pódios correndo por times do meio do pelotão, disse que os rumores sobre a chegada de Vettel já fizeram com que pelo menos uma equipe na F1 e outras de demais categorias se interessassem por contar com seus serviços. Esta equipe seria a Alfa Romeo.
Na Alfa, uma das vagas vem da indicação da Ferrari, e a outra depende do interesse de Kimi Raikkonen continuar na F1. O finlandês não quis dar pistas em relação a quando tomará uma decisão. Bem ao seu estilo, disse que será "antes do ano que vem, com certeza." Já a vaga de Antonio Giovinazzi é de indicação da Ferrari, e a Scuderia tem vários pilotos em seu programa de jovens, incluindo Mick Schumacher.
Quem já está confirmado?
As peças do mercado de pilotos começaram a se encaixar quando foi confirmado que Vettel não ficaria na Ferrari ano que vem. Carlos Sainz foi contratado para o lugar de Vettel e ser companheiro de Charles Leclerc, enquanto Daniel Ricciardo vai substituir o piloto espanhol na McLaren, correndo ao lado de Lando Norris.
Por fim, foi confirmada a volta de Fernando Alonso à Renault, ao lado de Esteban Ocon, que assinou por dois anos em 2019.
Na Red Bull, a negativa dos chefes a Vettel leva a crer que apenas um campeonato ruim tira Alex Albon da equipe ano que vem, e Max Verstappen já tem contrato de longa duração com a equipe. Como é esperado que a Mercedes continue com a mesma dupla de pilotos, isso abre opções apenas a partir do pelotão intermediário.
A AlphaTauri é, efetivamente, a equipe júnior da Red Bull, ou seja, dificilmente eles contarão com algum piloto que não faça parte de seu programa de desenvolvimento, lembrando que o brasileiro Sergio Sette Camara é o atual reserva.
Por fim, a Haas é a equipe com o cenário mais indefinido. Isso porque o dono, Gene Haas, ainda não decidiu se permanece ou não na categoria, como Romain Grosjean explicou nesta quinta-feira em Budapeste. O time também tem um brasileiro, Pietro Fittipaldi, como reserva. Os contratos de todas as equipes com a F1 acabam no final de 2020 e os times negociam as renovações no momento.
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