Por que Mercedes ficou sem rivais e o que esperar para o GP da Hungria?
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Depois de duas corridas no mesmo circuito de Red Bull Ring, a classificação para o GP da Hungria mostrou um cenário diferente: uma Mercedes totalmente sem rivais. Mesmo que Lewis Hamilton seja um especialista no circuito de Hungaroring, e que o time alemão tenha demonstrado um desempenho superior nas duas primeiras corridas do ano, não era esperada uma diferença como a que se viu neste sábado em Budapeste. E que tem grandes chances de ser maior ainda no domingo.
Mas o que aconteceu com os rivais da Mercedes? A Red Bull costuma ir bem em circuitos mais travados como o da Hungria, mas Max Verstappen ficou a mais de 1s5 da pole position. Desde os testes da pré-temporada, o carro da Red Bull parece nervoso, e por todo o final de semana o holandês não esteve feliz com o equilíbrio. "Nós tentamos mexer em várias coisas, mas ainda não descobrimos o que é". Para completar, ele reclamou durante a classificação da unidade de potência da Honda, que estaria apresentando problemas de origem eletrônica. E isso só aumenta a imprevisibilidade do carro.
Verstappen ficou até atrás das duas Ferrari, algo impensável nas corridas do Red Bull. Era esperado que a Scuderia tivesse um rendimento melhor no Hungaroring, já que o chefe do time, Mattia Binotto, explicou na Áustria que 70% do déficit no tempo de volta em relação à Mercedes vinha nas retas e, no Hungaroring, há apenas uma. Nas curvas, embora o carro não seja tão bom quanto o da Mercedes, ele é superior às McLaren e Renault, que também se classificaram atrás.
E as Mercedes cor-de-rosa?
Houve quem tenha brincado que o GP da Hungria pode ser o primeiro desde o GP da Grã-Bretanha de 1955 em que a Mercedes chegará nas quatro primeiras colocações. Isso, devido às semelhanças entre os dois carros do time alemão e os dois que fecharam a segunda fila, da Racing Point. Neste final de semana, foi a primeira vez que o time conseguiu ter uma classificação limpa, e ficou a 1s das Mercedes. Com a Red Bull em condições normais, talvez a Racing Point ficaria mais atrás no grid; mas sem Verstappen no meio do caminho, Stroll e Perez devem lutar pelo pódio. E a Renault indicou que, assim como aconteceu ao final do GP da Estíria, na semana passada, deve protestar novamente o resultado da equipe, seja ele qual for.
O que pode acontecer na corrida?
As Mercedes e as Racing Point terão ainda a vantagem de largar com os pneus médios. Então eles terão menos aderência nos primeiros metros, mas depois poderão manter um ritmo melhor por mais voltas antes de fazerem sua parada nos boxes. Então a aposta de pilotos como Sebastian Vettel e Charles Leclerc, largando em quinto e sexto, é conseguir se colocar no meio destes carros para dificultar sua estratégia.
Mais atrás, os últimos carros do top 10, que têm de largar com o composto com o qual fizeram o Q2, estarão expostos a quem vem logo atrás, como Daniel Ricciardo e Alex Albon, que provavelmente vão largar com os pneus médios. "Seria melhor não ter passado para o Q3 e largar com os médios do que ficar na posição em que estamos", lamentou Carlos Sainz, nono no grid. Depois de andar nem na Áustria, o time inglês, segundo na tabela, acredita que voltou a sua posição normal, com o oitavo e nono lugares.
Teremos ordens de equipe?
Se Lewis Hamilton vencer e Valtteri Bottas for segundo, o inglês toma a liderança do campeonato, mas Toto Wolff disse que a equipe não vai interferir na briga dos pilotos. Por outro lado, ele indicou também que não vai permitir o uso de estratégias diferentes, algo que já causou polêmica na Mercedes, entre Hamilton e Nico Rosberg, no próprio circuito da Hungria. "Não quero tomar nenhuma decisão negligente e que permita que a Red Bull se aproveite no final da temporada e nós pareçamos bobos", disse o chefe, apesar da vantagem. Não coincidentemente, Bottas disse que vai jogar suas fichas na largada, usando a longa distância entre a primeira fila do grid e a primeira freada. "A largada vai ser uma guerra de vácuos".
Na Racing Point, a situação é até mais complexa: Lance Stroll larga na frente e é o filho do dono, mas teoricamente Sergio Perez é mais rápido, e também quer provar que é uma opção melhor para a equipe do que Sebastian Vettel para o ano que vem. Perguntado sobre a posição da equipe, Otmar Szafnauer disse neste sábado que isso seria "discutido internamente" antes da corrida. Perez e Stroll têm histórico de se tocarem em disputas por posição.
O GP da Hungria é a terceira etapa do ano na F1 e tem largada às 10h10 da manhã deste domingo, com transmissão pela Rede Globo e pela BandNewsFM.
Confira o grid de largada do GP da Hungria:
1º Lewis Hamilton (GBR) - Mercedes - 1min13s447
2º Valtteri Bottas (FIN) - Mercedes - 1min13s554
3º Lance Stroll (CAN) - Racing Point - 1min14s377
4º Sergio Perez (MEX) - Racing Point - 1min14s545
5º Sebastian Vettel (ALE) - Ferrari - 1min14s774
6º Charles Leclerc (MON) - Ferrari - 1min14s817
7º Max Verstappen (HOL) - Red Bull - 1min14s849
8º Lando Norris (GBR) - McLaren - 1min14s966
9º Carlos Sainz (ESP) - McLaren - 1min15s027
10º Pierre Gasly (FRA) - AlphaTauri - sem tempo
11º Daniel Ricciardo (AUS) - Renault - 1min15s661
12º George Russell (GBR) - Williams - 1min15s698
13º Alex Albon (TAI) - Red Bull - 1min15s715
14º Esteban Ocon (FRA) - Renault - 1min15s742
15º Nicholas Latifi (CAN) - Williams - 1min16s544
16º Kevin Magnussen (DIN) - Haas - 1min16s152
17º Daniil Kvyat (RUS) - AlphaTauri - 1min16s204
18º Romain Grosjean (FRA) - Haas - 1min16s407
19º Antonio Giovinazzi (ITA) - Alfa Romeo - 1min16s506
20º Kimi Raikkonen (FIN) - Alfa Romeo - 1min16s614
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