Parafuso deixa Hulkenberg na mão e acaba com "fim de semana maluco"
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Uma quebra inusitada colocou ponto final em um "fim de semana maluco" para Nico Hulkenberg. O piloto, que foi chamado às pressas para substituir Sergio Perez depois que o mexicano foi diagnosticado com coronavírus na quinta-feira, nem chegou a largar no GP da Grã-Bretanha porque a equipe Racing Point não conseguiu ligar seu motor. E depois o time descobriu o porquê: um parafuso rachou dentro do sistema de embreagem.
"Parece que um parafuso se partiu dentro do sistema de embreagem e ficou preso, e isso não permitia que o motor de combustão fosse ligado", explicou o chefe da equipe, Otmar Szafnauer.
Há duas hipóteses para o que aconteceu com o tal parafuso, que é uma peça comprada pela Racing Point, e não feita pelo time: ele pode ter sido apertado além de sua capacidade ou o próprio material pode ter falhado. "Precisamos analisar. Será que o parafuso era frágil? Tenho certeza que eles podem ser apertados até o determinado limite. Se passar, o parafuso pode ser partir. Então precisamos entender o que causou o problema."
Szafnauer lamentou que Hulkenberg não tenha conseguido correr neste domingo, na etapa vencida de forma dramática por Lewis Hamilton. Ainda não está decidido se o alemão precisará substituir Perez também no próximo final de semana. O mexicano fará outro teste, provavelmente na quinta-feira, para determinar se ainda tem o vírus. Ele sentiu dores de cabeça durante o final de semana, mas seus sintomas são leves.
Há também alguma confusão em relação a qual protocolo deveria ser seguido por Perez. Ele testou positivo pela primeira vez na quarta-feira, quando a regra do governo britânico determinava o isolamento por sete dias. E fez seu segundo teste na quinta, quando a regra tinha mudado para 10 dias. De qualquer forma, o mais importante é o resultado de seu teste ao longo desta semana.
Hulkenberg, que ficou sem vaga na Renault para este ano, estava a caminho da pista de Nurburgring para um teste de GT quando recebeu a ligação de Szafnauer. Ele foi o escolhido por ter corrido pela equipe, que se chamava Force India, por muitos anos, e por estar parado por apenas oito meses.
Depois de ficar madrugada a dentro fazendo a modelagem de seu assento na fábrica da equipe na quinta-feira, pulou no carro com macacão e sapatilhas emprestadas do companheiro, Lance Stroll, que por sorte é tão alto quanto o alemão (Hulkenberg tem 1,84m e sempre foi um dos mais altos do grid, e Stroll tem 1,82m).
Ele largaria em 13º, mas sequer conseguiu alinhar no grid devido ao parafuso quebrado. "É uma loucura, não é? De certa maneira combina com esses dias malucos que estou vivendo, mas é claro que é desapontador para mim e para a equipe. Se vou mesmo correr na semana que vem, seria importante ter mais experiência para entender mais coisas sobre o carro, especialmente em situação de corrida. É uma perda do meu lado, mas creio que é algo que acontece e tenho que ver o que vai acontecer no próximo final de semana."
A corrida acabou sendo ruim para a Racing Point, com seu único carro na corrida, de Stroll, terminando em nono lugar.
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