Pirelli explica falhas nos pneus e mantém escolha para GP de domingo
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A fornecedora de pneus da Fórmula 1, a Pirelli, decidiu manter a seleção de compostos de pneus mais macios para a segunda corrida a ser disputada em Silverstone, neste final de semana, mesmo depois que três pilotos sofreram com falhas na corrida do último domingo, entre eles o vencedor, Lewis Hamilton.
Os estudos conduzidos pela Pirelli indicam que os furos nos pneus de Hamilton, Bottas e Carlos Sainz nas voltas finais do GP da Grã-Bretanha foram decorrentes do uso dos compostos por um número elevado de voltas. "O motivo chave para o que aconteceu vem de uma série de circunstâncias individuais que levaram a um uso extremamente longo no segundo jogo de pneus. O segundo período de Safety Car levou quase todas as equipes [com exceção de Romain Grosjean, da Haas] anteciparem suas paradas e fazerem uma sequência particularmente longa até o final, de cerca de 40 voltas, o que significa mais de três quartos do total da corrida em um dos circuitos que mais demandam do pneu no calendário. Além disso, o ritmo dos carros melhorou consideravelmente (a pole position foi 1s2 mais rápida [na verdade, o tempo de Lewis Hamilton foi 0s790 mais veloz que a pole de Valtteri Bottas de 2019]) e isso fez com que as últimas voltas fossem particularmente duras para os pneus [...]. Isso levou os pneus a sofrerem um estresse máximo por inúmeras voltas, resultando em um alto desgaste, o que deixou o pneu menos protegido em relação às forças."
Desta forma, a Pirelli afasta a possibilidade de que detritos tenham causado os problemas nos pneus, reconhecendo que a borracha do pneu se depletou completamente devido às forças exercidas pelas curvas de alta velocidade do circuito de Silverstone. A empresa italiana não comentou o fato de que as equipes relatam que o limite de voltas recomendado antes da prova para o composto duro, que teve os problemas, era de 40 voltas, e a maioria dos pilotos, incluindo os três que tiveram as falhas, o utilizaram por 37 voltas na corrida, sendo 33 em velocidade normal (ou seja, após a relargada).
A Pirelli também não explicou outra falha de pneu, de Daniil Kvyat, da AlphaTauri, ocorrida com o composto médio após 12 voltas do GP da Grã-Bretanha. O russo bateu em uma das partes de maior velocidade do circuito, e ainda não se sabe se houve algum problema no pneu em si, ou se o pneu teria sofrido alguma avaria anterior, provavelmente em alguma zebra.
A decisão de manter a escolha de pneus mais macios para a segunda corrida em Silverstone, o GP do Aniversário de 70 Anos, vem junto do aumento da prescrição de pressão mínima para os pneus. Aumentar a pressão ajuda na estabilidade estrutural do pneu durante as curvas. Além disso, como as equipes terão a disposição pneus mais macios neste final de semana, a tendência é que façam dois pit stops de qualquer maneira.
Vale lembrar que a Pirelli chegou a fazer um pneu diferente para esta temporada, que foi vetado pelas equipes. O pneu atual foi projetado em 2018 para a temporada 2019 e, de lá para cá, o rendimento dos carros melhoraram consideravelmente, especialmente nas curvas de alta velocidade, bastante comuns em Silverstone. No restante da temporada, a F1 vai passar por outras pistas que estressam bastante os pneus da mesma forma, como Spa e Portimão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.