GP da Bélgica: datas, horários e tudo sobre a corrida
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Um dos circuitos que faziam parte do calendário do primeiro campeonato da Fórmula 1, em 1950, Spa-Francorchamps é daquelas pistas em que os pilotos chamam as curvas por seus nomes, e não números. O complexo da Eau Rouge e Raidillon, Pouhon e Blanchimont são as que ganham mais destaque pelas mudanças de elevação em alta velocidade, grande característica da pista belga.
Outro ingrediente que não pode faltar em um GP da Bélgica é algum tipo de incerteza em relação ao clima, e a edição deste ano não poderia ser diferente: é previsto chuva e frio para todo o final de semana, condição climática bem diferente das últimas corridas desta temporada, disputadas sob calor na Espanha e na Inglaterra.
Curiosamente, esta é uma das poucas provas do campeonato em que Lewis Hamilton não dominou nos últimos anos. O líder da tabela de 2020 e hexacampeão mundial venceu apenas duas das últimas nove edições da prova belga e, nos últimos dois anos, foi a Ferrari quem ganhou em Spa.
Como acompanhar o GP da Bélgica:
Sexta-feira, 28 de agosto
Treino livre 1, das 6h às 7h30: SporTV2
Treino livre 2, das 10h às 11h30: SporTV2
Sábado, 29 de agosto
Treino livre 3, das 7h às 8h: SporTV2
Classificação, das 10h às 11h: SporTV2
Domingo, 30 de agosto
Corrida, a partir das 10h10: Globo e BandNewsFM (transmissão começa às 9h30)
Circuito de Spa-Francorchamps
Distância: 7.004m
Recorde em classificação: 1min42s519 (Charles Leclerc, Ferrari, 2019)
Recorde em corrida: 1min46s286 (Valtteri Bottas, Mercedes, 2018)
Número de voltas: 44
DRS - 2 zonas
Zona 1: após a curva 4
Zona 2: após a curva 19 (reta dos boxes)
Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)
Resultado em 2019
Pole position: Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min42s519
Pódio:
1º Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1h23min45s710
2º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) +0s981
3º Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) +12s585
Características da pista da Bélgica
O circuito de Spa-Francorchamps pode ter mudado bastante desde que estreou no campeonato, há 70 anos, com mais de 14km de extensão. Mas ainda é, de longe, a pista mais longa do campeonato, com 7.004m. Isso significa que ela é 1.1km mais longa que a segunda colocada entre as pistas que farão parte do calendário deste ano, Silverstone.
A volta é a mais longa da Fórmula 1, mas o número de troca de marchas é relativamente baixo: 38. É um dos números mais baixos do calendário, ainda mais quando compara-se às 50 trocas de marcha por volta em Mônaco, um circuito que tem menos que a metade da extensão de Spa (3.337m).
A grande característica da pista em termos de acerto do carro é a dificuldade para os engenheiros equilibrarem a necessidade de usar "mais asa", ou seja, uma configuração aerodinâmica melhor para as curvas do segundo setor, ou "menos asa" para que o carro ofereça menos resistência ao ar nas retas do primeiro e terceiro setores.
O palco do GP da Bélgica também é uma das pistas em que é mais fácil ultrapassar, o que afeta diretamente as escolhas de estratégias e abre possibilidades de recuperação durante a corrida. E também não é raro um carro ser bom para a classificação em Spa e ter "muita asa", ou seja, uma configuração com mais pressão aerodinâmica, o que faz com que ele fique mais exposto durante a corrida.
Curiosidades sobre o GP da Bélgica
O circuito nasceu de forma inusitada 99 anos atrás: o triângulo formado pelas estradas que ligavam as vilas de Francorchamps, Malmedy e Stavelot (sendo que estas duas são nomes de curvas no circuito atual) foram usadas para uma corrida de motos, em 1921. Este traçado foi praticamente o mesmo usado na F1 até 1970 e tinha mais de 14km.
Cinco pilotos diferentes venceram as últimas seis edições do GP da Bélgica: Daniel Ricciardo (2014), Lewis Hamilton (2015 e 2017), Nico Rosberg (2016), Sebastian Vettel (2018) e Charles Leclerc (2019). Foi a primeira vitória do monegasco na F1.
Apesar de não ter nenhum piloto no grid neste ano, a Bélgica tem dois representantes indiretos: as mães de Max Verstappen e Lance Stroll e Lando Norris são belgas, e Verstappen inclusive nasceu na Bélgica, em Hasselt, que fica a cerca de meia hora da fronteira com a Holanda. Max, contudo, sempre correu pela Holanda, país de seu pai.
O primeiro GP da Bélgica foi vencido pelo italiano Antonio Ascari, em 1925. Contemporâneo de Enzo Ferrari nas pistas, ele morreria pouco menos de um mês depois desta vitória, depois de um acidente no GP da França. Antonio era irmão mais velho de Alberto Ascari, o primeiro bicampeão da F1, em 1952 e 1953, anos em que também venceu o GP da Bélgica, a bordo de uma Ferrari.
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