Topo

Pole Position

Russell vê chance de Williams "voltar a seu lugar" em 2022 com novos donos

George Russell, da Williams, acredita no futuro da equipe - Pool/2020 Pool
George Russell, da Williams, acredita no futuro da equipe Imagem: Pool/2020 Pool

Colunista do UOL

27/08/2020 14h01

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Uma semana depois que foi anunciada a venda da equipe Williams para a empresa de investimentos Dorilton Capital, pouco se sabe ainda sobre quais as mudanças pelas quais a equipe passará nos próximos meses. Mas o piloto George Russell acredita que a novidade não poderia chegar em melhor momento para o time, uma vez que a Fórmula 1 prepara-se para uma grande mudança de regulamento em 2022.

Inicialmente, as novas regras seriam adotadas em 2021, o que significaria que as equipes já estariam no meio do novo projeto. Mas o coronavírus provocou uma mudança de planos, incluindo a proibição para que os times iniciem o desenvolvimento dos novos carros até o começo do ano que vem.

Isso dá a chance para que os novos investidores tenham pelo menos algum tempo para colocar "ordem na casa" e possam tentar se aproveitar das novas regras.

"Acho que, primeiramente, a F1 é um esporte muito complexo", apontou Russell. "E historicamente as coisas não mudam drasticamente muito rápido. Acho que, em 2022, haverá uma grande oportunidade para todas as equipes começarem de um ponto de partida novo."

Além do novo regulamento, a F1 vai adotar, a partir do ano que vem, um teto orçamentário. Apesar de os gastos da Williams já ficarem bem abaixo dos 145 milhões de dólares, essa nova regra vai impactar equipes maiores, como Mercedes, Red Bull e Ferrari, e pode diminuir as diferenças entre os times.

Mudanças lentas

A Dorilton é conhecida por ser uma empresa que não faz mudanças muito radicais nas empresa em que investe, o que indica que a família Williams, que fundou o time nos anos 1970, seguirá com papeis administrativos neste início, enquanto os norte-americanos avaliam a empresa a fundo, como explicou Russell.

"Falei com o Matthew Savage hoje de manhã, ele é o presidente da companhia. No momento, eles querem fazer uma revisão total das mudanças que precisam ser feitas em termos de quem fará parte da parte administrativa da companhia", disse o piloto, que vai continuar no time ano que vem.

"É uma notícia muito boa para a Williams como um todo e todos que trabalham para equipe e, obviamente, para nós, pilotos. Estávamos vivendo momentos mais tensos, e estou contente de ver que a equipe está estável e avançando, e tem uma grande companhia por trás para colocar a Williams de volta onde ela merece: definitivamente mais na frente no grid."

Porém, a longo prazo, a indicação é de que isso mude. Quando perguntado se os Williams seguirão controlando o time, Russell preferiu falar na continuidade do nome da equipe. "Acho que o mais importante com essa mudança de comando é que o nome continue. A família Williams não teria vendido a equipe para alguém que eles não acreditariam que vá ser importante para que o time evolua. A cultura não mudará do ponto de vista histórico. Manter o nome é muito importante para nós, pilotos, e as pessoas que trabalham na fábrica."

A Williams, uma das equipes mais vencedoras dos anos 1980 e 1990 na Fórmula 1, vem amargando a lanterna do campeonato nos últimos dois anos e ainda não marcou pontos nas seis primeiras etapas de 2020.