Hamilton diz não guardar mágoas de professores que não apoiaram carreira
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Um dos desafios que Lewis Hamilton teve de enfrentar na adolescência foi convencer seus próprios professores a levarem a sério sua tentativa de ter uma carreira como piloto. E ele não teve muito sucesso com isso. Morando em um conjunto habitacional na cidade de Stevenage, 1h ao norte de Londres, ele costumava ser castigado por perder aulas para disputar corridas de kart, e sempre ficava para trás dos colegas de classe em termos de aprendizagem. Para completar, aos 17 anos, descobriu que era disléxico, um tipo de dificuldade de aprendizado que afeta a capacidade de leitura.
Agora como o recordista de vitórias da Fórmula 1, ao lado de Michael Schumacher, ele prefere imaginar que os ex-professores ao menos sentem que fizeram parte de sua caminhada de sucesso.
"Lembro-me muito claramente aqueles que abusaram de mim usando palavras horríveis, lembro-me dos professores que tentaram me parar, que tentaram me atrapalhar. Mas não sinto nada de negativo em relação a eles", afirmou o inglês após conquistar sua 91ª vitória na carreira.
"Não sei se eles se irritam com o fato de eu ter tido sucesso ou se eles estão mais velhos e tenham evoluído com suas experiências do passado - espero que esse seja o caso e tenho certeza de que é. Espero que eles tenham orgulho por pelo menos me conhecerem e terem feito parte…"
Em entrevista dada ao podcast oficial da F1 há dois anos, ele tinha dado mais detalhes do que aconteceu na época de escola. "O diretor da minha escola era um idiota. Ele não concordava em me dar folgas e não me apoiava, e quando eu voltava [das corridas] na segunda-feira ele falava que, porque eu tinha faltado sexta, tinha que ficar de suspensão. Então eu ficava o dia todo do lado de fora do escritório dele olhando para a parede, e não podia estudar. E na terça-feira reclamavam porque eu não tinha feito a lição de casa, e levava outra suspensão. Eu sempre metido em encrenca na escola."
Mas hoje em dia Hamilton julga que até mesmo os momentos em que sofreu bullying na escola, tendo tido de aprender caratê para se defender de ataques de colegas, e outras dificuldades que teve foram importantes para ele ser o que é. "Tenho certeza de que você sempre pode olhar para trás e pensar que poderia ter feito algo de maneira diferente. Mas, honestamente, eu não mudaria nada porque os erros que cometi me ajudaram a ser quem sou hoje. Se eu não tivesse passado por aqueles momentos, talvez não estaria onde estou."
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