O que há na "vida depois da Fórmula 1" que tanto empolga Lewis Hamilton?

Quando Lewis Hamilton colocou em dúvida sua permanência na Fórmula 1, destacou que "há muita coisa sobre minha vida fora daqui que me empolga". Seu chefe há quase oito anos, Toto Wolff, creditou a declaração mais ao cansaço de uma temporada sem precedentes do que a uma vontade genuína de não renovar o contrato com a Mercedes, e espera poder sentar com calma com o inglês nos próximos meses para resolver a situação e renovar o acordo. Mas também é fato que Hamilton tem cada vez mais apostado em projetos fora da categoria.

Hamilton é dono de equipe de campeonato de SUVs elétricos

O projeto tem mais uma pegada ecológica do que competitiva. Trata-se da equipe X44, criada por ele para competir em um campeonato novo, que estreia em março, com etapas em locais que sofrem de alguma maneira com os efeitos da exploração exagerada do meio ambiente.

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A Extreme E vai, inclusive, correr na Amazônia brasileira, além da Groenlândia, Senegal, Arábia Saudita e Patagônia. Hamilton recentemente se disse empolgado com um "campeonato que vai oferecer uma alternativa ao impacto negativo que o esporte a motor tradicional tem no planeta." Curiosamente, Nico Rosberg também acaba de anunciar que terá sua equipe na Extreme E, campeonato que foi idealizado pelo CEO da Fórmula E, categoria de fórmulas elétricos, Alejandro Agag, juntamente do brasileiro Gil de Ferran.

Hexacampeão criou uma comissão para discutir diversidade

Trata-se de um projeto de pesquisa multidisciplinar que visa determinar os motivos e encontrar soluções para a falta de diversidade dentro do automobilismo. O grupo de 14 pessoas é formado por profissionais da indústria, como o ex-chefe de Hamilton na McLaren, Martin Whitmarsh, membros do sistema educacional britânico e de comunidades de jovens.

O trabalho é apoiado pela Royal Academy of Engineering e é focado na realidade britânica e na inclusão de negros no automobilismo, pelo menos em um primeiro momento.

Lewis escreve músicas e usa codinome

Fora das pistas, Hamilton nunca escondeu seu gosto pela música, e já apareceu algumas vezes em suas mídias sociais tocando piano, violão ou mesmo selecionando faixas para os fãs ouvirem. Ele inclusive participou com o codinome XNDA em uma música de Christina Aguilera.

No motorhome que tem usado durante essa temporada, em que preferiu hospedar-se dentro das pistas na grande maioria das provas, ele revelou que tem seu próprio estúdio, e gosta de ficar compondo e mixando faixas.

Înglês assina suas próprias coleções de moda

Hamilton trabalha desde 2018 com Tommy Hilfiger, assinando sua própria coleção. O foco do britânico tem sido ampliar cada vez mais o uso algodão e jeans reciclados. Na última coleção, lançada em setembro, 80% dos materiais usados eram reciclados e a meta do hexacampeão é chegar a 100% em breve.

Essa parceria com a marca norte-americana, inclusive, foi estendida à equipe Mercedes, que também faz propaganda da Tommy em seus carros e roupas.

Ele não descarta carreira no cinema

Hamilton revelou em entrevista ao UOL Esporte ano passado que teve de negar um papel no filme Top Gun, e que teve uma treinadora de atores praticando falas com ele para um teste em Hollywood, nos intervalos dos desfiles de moda de que participava com a Tommy. Na entrevista, inclusive, ele deixou claro que, como gostaria de se dedicar à atuação de uma maneira mais profissional, a vida de piloto era um entrave e, por isso, ele tinha preferido esperar até parar de correr.

Apesar das declarações recentes de Hamilton, o mais provável é que ele renove seu contrato e corra atrás do oitavo título mundial, última grande marca que ainda falta para que ele bata. Ele será heptacampeão se vencer a próxima etapa, o GP da Turquia, independentemente dos resultados dos rivais. Sua dúvida parece ser mais em relação à duração do novo contrato, justamente para que ele possa se dedicar a suas outras atividades.