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Após acidente que encerrou carreira na F1, Grosjean vai correr na Indy
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O suíço Romain Grosjean vai voltar às pistas em 2021 disputando a Fórmula Indy pela equipe Dale Coyne. Grosjean acabou encerrando sua carreira na Fórmula 1 duas corridas antes do previsto depois de sofrer graves queimaduras nas mãos em um acidente na primeira volta do GP do Bahrein, antepenúltima etapa do mundial do ano passado. ''Você sempre tende a voltar para quem você realmente é. Estou feliz em estar vivo e ter a possibilidade de decidir se eu queria correr e onde eu queria correr. Há muito a fazer fora da F1 e estou empolgado'', afirmou o piloto de 34 anos em entrevista coletiva. ''Eu me perguntei se eu queria parar de correr em definitivo, mas no fundo eu sabia que isso nunca foi uma opção para mim.''
Quando o acidente aconteceu, ele já negociava para correr na Indy, mas dizia que estava avaliando bem a proposta, já que poderia ter de se mudar com a família para os Estados Unidos e também considerava as corridas em ovais perigosas e pouco atraentes. Como ele mesmo admitiu que viu a morte de perto quando seu carro rasgou o guard rail e pegou fogo, havia dúvidas a respeito de qual seria o futuro de Grosjean. Mas ele foi confirmado nesta quarta-feira (03) pela equipe norte-americana.
Grosjean não vai correr em ovais, disputando somente as corridas de pista de rua e mistos. ''Senti que não poderia arriscar correr nos ovais, pela minha mulher e meus filhos. Mas é um campeonato muito interessante e acho que vou ter a chance de aprender bastante mesmo não fazendo-os. Talvez, no futuro, mas agora está fora de questão. No futuro, vou fazer um teste e verei como me sinto'', disse Grosjean. O piloto revelou, inclusive, que uma das primeiras mensagens que recebeu no hospital logo após o acidente foi de seu empresário dizendo para ele esquecer o projeto da Indy. Mas depois ambos repensaram juntos sobre o projeto e decidiram seguir com as negociações.
A Dale Coyne já teve vários pilotos com larga experiência no automobilismo europeu, como Sebastien Bourdais, Esteban Gutierrez e Justin Wilson, e o último piloto da F1 a ser contratado por uma equipe da Indy foi Marcus Ericsson, que foi para a categoria em 2019. Grosjean, inclusive, disse que está em contato com Ericsson e com seu amigo francês Simon Pagenaud, piloto da Penske e vice-campeão de 2019.
Recuperação corre bem
Grosjean vem se recuperando bem do acidente. Ele passou por duas cirurgias, a primeira na mão direita, na qual havia sofrido uma fratura em um acidente doméstico antes mesmo de a temporada da F1 começar, e a segunda foi na mão esquerda para corrigir uma lesão nos ligamentos, relacionada ao acidente do Bahrein em si. Foi na mão esquerda que ele sofreu as queimaduras mais sérias, que acabaram fazendo com que ele desistisse de correr nas duas últimas etapas do ano (e que seriam também as duas últimas da carreira, já que o piloto sabia que seu contrato com a Haas não seria renovado). Ele somente passou a retirar a proteção na mão (primeiramente, por algumas horas por dia, e depois em definitivo) 40 dias após o acidente.
''A mão esquerda foi a mais danificada. O ligamento está estável após a cirurgia e estou fazendo fisioterapia para restaurar a mobilidade total, e também preciso trabalhar a mobilidade para a pele voltar ao normal totalmente. Ainda está bastante rosada e sensível e não dá para saber exatamente se tudo vai estar 100% normal até seis meses depois do acidente. Já parei de tomar analgésicos há algum tempo, embora ainda fique dolorido, e preciso tomar cuidado com o frio e com o sol. Então quando eu estiver bebendo uma água de coco em Miami, vou precisar lembrar de passar protetor na mão!'', brincou.
Com a recuperação correndo bem, o piloto de 34 anos deve voltar às pistas já na primeira etapa da Indy, dia 7 de março, no circuito de rua de St. Petersburg, na Florida. Mas ele ainda não desistiu de ter uma última experiência com um carro de Fórmula 1. Embora o piloto tenha salientado que está focado na nova categoria, ele não descarta atuar como substituto em alguma equipe na F1, especialmente com a possibilidade de pilotos perderem provas por conta da covid-19.
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