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GP do Azerbaijão: datas, horários e tudo sobre a sexta corrida do ano
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Max Verstappen chega a uma corrida como líder do campeonato pela primeira vez em sua carreira na Fórmula 1 mas, pelo menos no papel, a Mercedes de Lewis Hamilton deve estar mais forte do que a Red Bull do holandês nas ruas de Baku, ainda mais se a previsão de muito sol e calor se concretizar. Isso porque grande parte dos problemas do inglês na última corrida, em Mônaco, tiveram relação com a classificação ruim devido à dificuldade que ele teve em aquecer os pneus.
Isso não deve ser um problema em Baku. Por outro lado, a classificação é bem menos importante no GP do Azerbaijão do que em Mônaco. Isso porque a configuração da pista, com uma reta bastante longa e uma velocidade média alta para uma pista de rua, faz com que, para os olhos dos engenheiros, no acerto do carro, e dos estrategistas, já que as corridas por lá sempre ficam acima da média de ultrapassagens da temporada, a prova tenha mais cara de corrida em pista normal do que em circuito urbano.
Mas, ao mesmo tempo, não há muitas áreas de escape e os pilotos costumam pagar caro por eventuais erros. Não por acaso, a corrida em Baku, que está apenas em sua quinta edição, já ganhou fama de prova recheada de surpresas. Afinal, com os carros usando configurações de baixa pressão aerodinâmica por causa da longa reta, a vida dos pilotos fica dificultada, já que os carros ficam mais ariscos.
Como acompanhar o GP do Azerbaijão:
Sexta-feira, 4 de junho
Treino livre 1, das 5h30 às 6h30: BandSports
Treino livre 2, das 9h às 10h: BandSports
Sábado, 5 de junho
Treino livre 3, das 6h às 7h: BandSports
Classificação, das 9h às 10h: Band (SP e outras praças)/BandSports
Domingo, 6 de junho
Corrida, a partir das 8h30 (largada às 9h): Band e BandNewsFM
Circuito Urbano de Baku
Distância: 6.003km
Número de voltas: 51
DRS - 2 zonas
Detecção zona 1: antes da curva 2
Ativação zona 1: entre as curvas 2 e 3
Detecção zona 2: curva 20 (meio da reta)
Ativação zona 2: reta principal
Pneus disponíveis: C3 (duros), C4 (médios) e C5 (macios)
Recorde em corrida: 1min43s009 (Charles Leclerc, Ferrari, 2019)
Resultado em 2019
Pole position: Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min40s495
Pódio:
1º Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1h31min52s942
2º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) +1s524
3º Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) +11s739
Características da pista de Baku
A pista de rua de Baku é a terceira mais longa de todo o campeonato, com pouco mais de 6km. Ela só é mais curta do que o circuito de Spa-Francorchamps e do que outro traçado de rua, de Jeddah, na Arábia Saudita, que estreia neste ano.
A pista de Baku virou sinônimo de ultrapassagens: nas quatro edições do evento realizadas até aqui, o menor número de manobras foi 42 o que, ainda assim, fica acima das médias das temporadas de 2016 para cá. Outro ponto interessante é o fato de cerca de metade das ultrapassagens terem sido feitas sem o uso do DRS nos últimos dois anos.
O circuito é ainda mais apertado do que o de Mônaco em alguns trechos. Entre as curvas 7 e 12, ou seja, quando o traçado chega perto da cidade velha, a largura média é de 7,2m. Em Mônaco, a largura média da pista é de 12m.
A Pirelli optou por levar pneus mais macios do que na última vez em que esteve em Baku: serão usados os mesmos compostos (C3, C4 e C5) que em Mônaco, na tentativa de gerar uma prova com mais opções de estratégia.
Curiosidades sobre o GP do Azerbaijão
Na primeira vez que a F1 correu no Azerbaijão, em 2016, a corrida foi chamada de GP da Europa. De fato, o país faz parte do mapa físico da Europa, cuja fronteira mais oriental são os Montes Urais, na Rússia. O país fazia parte da ex-União Soviética, tem forte relação cultural com a Rússia e também com o Irã. Mesmo com essas influências, a língua local tem raiz no turco, e era escrita com o alfabeto árabe até o século passado, quando uma versão modificada do latim foi adotada.
A cidade de Baku é a maior capital do mundo situada abaixo do nível do mar (a -28 metros). A cidade fica na beira do Mar Cáspio, foi fundada no século V a.C. e ainda preserva algumas estruturas medievais, do século XII. Por causa disso, a cidade velha de Baku é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O circuito passa ao lado de uma das muralhas que circundam a cidade velha.
O sobrenome Aliyev está por todos os cantos em Baku, do aeroporto à rua principal: trata-se da família que controla o país desde pouco depois da independência da União Soviética. Heydar Aliyev foi presidente de 1993 a 2003 e seu filho assumiu logo após sua morte, estando no poder até hoje. O processo eleitoral no país (ele ganhou as últimas três eleições com 85% dos votos) é questionado por agências internacionais, assim como a garantia dos direitos humanos, especialmente na região de conflito com a Armênia, no sudoeste do país. A F1 faz parte da tática de Aliyev de receber grandes eventos para promover o país.
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